Indy 500, esporte, civismo, civilidade e educação

Aos anti americanos e esquerdófilos de plantão...
Ninguém faz festa como os americanos. O sentimento cívico, o respeito pelas instituições; o hino cantado em uníssono por um autódromo inteiro e lotado; o silêncio respeitoso ao toque de silêncio da corneta.
A mãe do proprietário do Indianápolis Motor Speedway pedindo para que “ladies and gentlemans” ligassem seus motores.
Tudo aplaudido. Como também aplaudiram o piloto brasileiro Vitor Meira, que voltou a pista após ter seu carro incendiado no reabastecimento. E as palmas ainda mais sinceras quando outro brasileiro, Helio Castronneves, recebeu a bandeira quadriculada – pela terceira vez - por ter vencido a mais importante corrida de automóveis daquele país:
A Centésima edição das 500 milhas de Indianápolis teve um vencedor estrangeiro e nem por isto se ouviu vaias ou apupos.
Não se viu ninguém frustrado e nem xingando diante das câmeras.
Será que seria muito pedir aos torcedores tupiniquins que aprendessem um pouco daquilo que vimos antes, durante e depois da prova?
E aplicar aquilo a outro esporte que não o automobilismo? Será que dá?
Sinceramente, me deu uma inveja danada...
Parabéns ao Hélio. Dizem que vencer lá equivale a um campeonato.
Se ninguém é realmente grande no automobilismo sem ter vencido Mônaco, Indianápolis ou Le Mans, então ele é três vezes grande.
Que fiquem os problemas para trás, que ao passado pertencem.

Comentários

Lí muita coisa aí pela Internet, mas quem captou melhor a situação foi vc....Parabéns Groo.
Tohmé disse…
Concordo com TUDO que você canetou.
A única coisa que ainda me irrita são esses balões de hélio, que apesar de serem tradição, causam improblema ecológico danado...A não ser que seja biodegradáveis....he, he
Fábio Andrade disse…
Nem acho que sou anti-americano e tampouco esquerdófilo, mas não sei se gosto tanto do tal civismo americano.

Me parece algo engessado e tremendamente enlatado, fabricado.

Acho que prefiro mesmo o modo de torcer à brasileira. Retirando os excessos, evidentemente, prefiro o ar provocativo tupiniquim.
Anselmo Coyote disse…
Groo,

Correr em circuito oval deve ser o maior tédio quando se está na frente sem trânsito. É cochilar, bater e perder - a corrida e alguns ossos.

Não dormir e vencer o tédio deve ser o grande mérito de ganhar num circuito desses.

O Hélio deve estar com a adrenalina até os ossos por causa da sinuca de bico em que ficou ou então é o maior abstracionista da história.
Seja lá o que for, ele está de parabéns.

Abs.
Daniel Médici disse…
Também não sei se o civismo americano me inspira inveja ou estranhamento. E não sei até que ponto as câmeras nos deixaram ver a real manifestação da torcida, embora Helinho seja bastante admirado por lá.

Como disse um professor meu, cada povo tem a sua hipocrisia. Não é questão de uma ser melhor ou pior que a outra.

Mas assino embaixo do que foi dito sobre o Hélio. O cara merece.
Felipão disse…
Eu, pra falar a verdade, eu acho esse civismo muito brega. Aliás, essa cerimônia toda pras 500 milhas já é batida e tem um custo muito alto. Quando focalizado de longe, o oval tinha um monte de área vazia. Não sei, mas eu acho que as categorias Open Wheel perderam o bonde pra Nascar... Quanto aoCastroneves... sensacional..
Brun@ disse…
Existem posturas vindas da parte dos americanos nos quais eu não gosto, mas SEMPRE admito que gosto da pompa que eles dão às 500 Milhas. Esse povo pra mim saber fazer uma festa =D
Ingryd disse…
concordo por um lado, discordo por outro.
Fico com vergonha de ter pilotos vaiados em interlagos, mas ao mesmo tempo acho esse patriotismo desmedido americano uma baita de uma lavagem cerebral, acho que tudo tem limite, tudo o que é exagerado, deixa de ser sadio...



bjooooos
Bruno Aleixo disse…
Certamente é uma questão polêmica, mas eu admiro muito o respeito às tradições que os americanos mostram. Não temos isso no Brasil.
Anônimo disse…
Master Groo,
a vitória brazuca do Hélio teve duplo sabor, vindas do bastão da corte e do bastão da quadriculada. Brazucas são atrevidos e bem vindos, mesmo em DisneyCanalhand. A propósito, morei algum tempo no Japão. Lá também vi o sentimento cívico ao ouvir o hino, logo após o silêncio respeitoso do toque da corneta, cantado em Hiroshima e Nagazaqui. O passado p eles é inolvidável, tanto quanto a lembrança das 500 milhas o são.
Saudações belgo-monarquistas
carlo paolucci
SAVIOMACHADO disse…
Parabéns ao Helinho. Ele merece todas as palmas.
Concordo com o pessoal que falou sobre a cultura americana, que parece artificial mesmo.
Sabe o que me parece deste pessoal? Que eles acham que só eles existem no planeta. Sem provocações.
Abraço.
SAVIOMACHADO
Henry disse…
Groo,
Esse lado que você ressaltou pode ser imitado: respeito faz bem e é um bom exemplo. Vaiar hino é uma das coisas mais trogloditas que eu já vi, se bem que acho que nem nas cavernas era assim...

Parabéns!
Concordo com tud Groo. Os americanos tem seus defeitos, mas esse patriotismo deles chega a ser emocionante.
Marcos Antonio disse…
Não sou mto fã desse patriotismo exagerado americano, mas sou fã de Indianápolis! E Helinho virou uma lenda no circuito, e aind apdoe alcanças Rick Mears e A.J Foyt, os recordistas de vitórias...
Gil disse…
Faço minhas as suas palavras, Groo, eu não vi, mas seu texto diz tudo!
Anônimo disse…
Exatamente. Você lembra, né. Em 2004, quando Barrichello fez a pole em Interlagos mas chegou só em terceiro, assim que a bandeirada final foi dada a torcida começou a jogar aquelas "almofadas" na pista, na direção dos carros.

Em 2007, vitória do Raikkonen, idem.

Eu sou da opinião de que esse país deu errado. E não gosto mto da cultura cheia de baboseiras dos EUA, mas não dá pra negar que eles souberam formar uma nação bem sucedida e civilizada, com todos os pormenores, Patetas, Mickeys e afins.

E a vitória do Helinho foi uma das mais fantásticas que vi na vida. Por todo o contexto.