Burning down the house

O cara acordou pela manhã e ligou para o “amigo”, queria saber se para aquele dia estaria tudo certo.Do outro lado da linha telefônica o “amigo” disse que tudo estava em ordem. Se encontrariam então na faculdade.
-Não vai esquecer de levar as camisinhas viu?
-Não esqueço, tesão! Sala três do curso de administração de empresas.
-Fechado...

Mais tarde, já quase à hora do almoço, um grupo de ativistas lésbicas se reúne para conversar sobre as “gostosas da facul”:
-Se dessem bola eu pegava!
-Pô! Sem duvida! As mina lá todas com aqueles corpão... Provocando...
-Benza Deus! Mas aí não é só você não, qualquer uma daqui pegava as patricinhas lá.
-É... Mas para este bando de galinhazinhas a gente é só um bando de sapatas...

Já no Campus, uma turma de mulheres feias se retorcia de inveja das mais bonitinhas que atraiam a atenção dos meninos.
-Bando de vacas...
-E não é? Pior que tudo que elas vestem acaba ficando bem. O que elas têm que nós não temos?

E na lanchonete dentro da instituição alguns alunos que gostam da alface do capeta comentam:
-Tá loco cara, mina nenhuma dá bola pra nóis ai...
-Pois é, vamos acender mais um ai...

Enquanto as patricinhas:
-Tem gente que não se enxerga, sabe que não é de nada, mas pensa que tá podendo...

Mais tarde todos eles vaiaram e ameaçaram bater em uma menina gordinha, até meio feia e brega, que ousou ir à aula com um vestido justo e curto, deixando à mostra partes de seu corpo e também umas gordurinhas.
Até a policia teve de aparecer para que a rolicinha pudesse deixar o prédio sem ser linchada.

A direção da faculdade, como na piada em que o homem encontra a esposa transando com outro no sofá de casa e resolve o problema jogando o móvel fora, expulsa a gordinha.

A imprensa cobre o episódio com sua parcela normal de sensacionalismo, repercutindo – não injustamente - o caso e a faculdade resolve reintegrar a gordinha ao seu quadro de alunos.

A gordinha por sua vez começa a aparecer em diversos veículos da imprensa numa exposição mais assim, digamos... Calculada, para tirar vantagem do imbróglio

Demorei um bocado para poder ordenar as idéias sobre este assunto, mas quanto mais penso mais me convenço de uma coisa: Como tem hipócrita e falso moralista na Uniban!

Comentários

Marcos Antonio disse…
hipocrisia total. No Rio isso não acontece não, acho que dependendo da mulher e da minissaia, ela seria aplaudida!rs

E Essa menina com nome de sabonete tá s eaproveitando e tá aparecendo, daqui a pouco está nua na playboy ou na sexy...
Manu disse…
Concordo... Eu não sei, mas acho que tem algo mais nessa história, ninguém enlouquece assim só p/ acusar um mero vestido brega e vulgar, digno de ter saído do armário da Mulher Melancia. Isso me soa como vingança de alguém q a "gordinha" (hahahahaha) aprontou contra. Certeza.
Graças, estudo numa universidade federal em que as pessoas, por mais calor que esteja, tem o simples senso de suas roupas quase que contanstantemente.
Mas não é que tem todos aqueles outros personagens que citou?

*Talking Heads! Música dos anos 80 é legal!^^

abs!
Felipão disse…
Depois quando falam que lá é a Unibambi, os caras reclamam...
Bem aqui em Aracaju ninguém liga pra isso, será que é por conta da proximidade da praia, sei lá... e desde quando o modo da vestimenta, da cor, da orientação sexual ou quaisquer outras coisas medem o interesse do aluno universitário?
Isso não é nem hipocrisia ,é provincianismo puro!
Fábio Andrade disse…
É engraçado. No país do carnaval, onde mulher pelada é defendida como valor cultural, alunos de uma instituição de ensino superior se rebelam contra uma jovem que foi a aula com uma roupa (teoricamente) provocante.

Não faz sentido. Faz menos sentido ainda ver a menina no Altas Horas, sorrisos complacentes, palavras dignas de perfil de orkut, curtindo sua fama, mas satisfeira em aparecer no programa do Serginho do que autenticamente irritada por toda a confusão em que se viu envolvida.

No final das contas, nada nesse teatro caindo aos pedaços fez sentido.
Marcus Mayer disse…
Amigo Ron, sugeriria uma campanha a favor do uso de vestidos curtos nas faculdades de São Paulo. Como já mencionou o comentarista Marco Antonio que me antecedeu, no Rio de Janeiro não ocorreria um absurdo desses. E você destacou bem a hipocrisia. Não é possível que haja tanto conservadorismo numa faculdade paulista. Todavia, o saldo parece que será positivo para a moça.
Abraços.
Unknown disse…
o asunto não é tanto a falta de moralidade, senão que são tomadas medidas de urgência porque o povo não é consequente com o que diz.

sempre que o dilema ético está longe, aparecem um monte de delarações politicamente corretas, e na hora de que o dilema passeia de saia curta na facultade, ninguém tem capacidade de aplicar.

in-con-se-quen-cia

falta de integridade mesmo.
Anônimo disse…
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Anônimo disse…
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