O homem faz a pole no sábado e é o maior favorito à vitória no GP da Itália de 1988 no domingo, larga bem, mantém a ponta e segue firme.
Até ai nada demais, isto era quase - depois viria a ser verdadeiramente - rotina na carreira de Ayrton Senna.
Totalmente focado na prova para que não acontecesse o mesmo que em Mônaco alguns meses antes, quando por um vacilo, deixou escapar a vitória mais certa de toda sua vida.
Vinha então com mais de um minuto de vantagem para Alain Prost e aumentando alucinadamente o ritmo perdeu o controle do Mclata e porrou o bico do carro no guard rail bem na entrada do túnel.
Ao sair do carro, visivelmente irritado, olhava como se quisesse fuzilar alguém ou algo, quando o grande culpado era ele mesmo.
Depois, perguntado sobre o porquê de acelerar tanto com a corrida praticamente ganha respondeu: “-Queria por uma volta em cima do Prost...”.
Mas a verdade é que deste acidente emergiu um novo Senna. Amadurecido e com um nível de concentração que não permitiu nunca mais perder uma corrida por erro bobo.
Uma pena este amadurecimento forçado não contagiar também o francês Jean-Louis Schlesser, que pilotando uma Williams em substituição ao doente Nigel Mansell - na verdade o francês substituía Martin Brundle, que comprometido com outra categoria, não pode fazer sua segunda corrida no lugar do Leão - na volta 49 enxergou pelos retrovisores o carro vermelho e branco do brasileiro.
Respeitosamente puxou o seu para a esquerda, abrindo espaço para a ultrapassagem simples.
Schlesser era apenas o décimo primeiro colocado, não tinha intenção nenhuma e nem motivos para atrapalhar a passagem do líder, mas quando tomou a segunda perna da chicane, se atrapalhou todo, meteu a roda na zebra e perdeu o controle do carro acertando pelo meio a maclata de Senna que já o havia ultrapassado e contornado a segunda perna da chicane.
Com a pancada o carro de Senna ficou em travado em cima de uma das altíssimas zebras do autódromo de Monza, impossibilitado de voltar a pista.
Assim a vitória cai no colo de Gehard Berger, com Michele Alboreto em segundo, ambos da Ferrari que não fazia uma dobradinha no GP de casa desde 1979 quando Scheketer e Gilles, o Villeneuve que prestava mesmo sem título deram a alegria suprema aos tifosi da máfia de Maranello...
Curiosamente, Jean-Louis Schlesser, que por conta deste incidente foi taxado de barbeiro, roda presa, afoito e grosso, ganhou por dois anos consecutivos (1999 e 2000) o Rali Paris-Dakar, competição que para muitos, apenas pilotos de verdade vencem...
Outra curiosidade é que Berger viria a ser companheiro de Ayrton na Mclata e herdaria outra vitória do brasileiro em circunstancias diferentes e com ordem da equipe para que Senna lhe cedesse a vitória.
Ordens que, aliás, naquela época não eram tão comuns, caso contrário, provavelmente o austríaco Berger teria cedido – à contra gosto – o lugar mais alto do pódio ao italiano Alboreto.
Até ai nada demais, isto era quase - depois viria a ser verdadeiramente - rotina na carreira de Ayrton Senna.
Totalmente focado na prova para que não acontecesse o mesmo que em Mônaco alguns meses antes, quando por um vacilo, deixou escapar a vitória mais certa de toda sua vida.
Vinha então com mais de um minuto de vantagem para Alain Prost e aumentando alucinadamente o ritmo perdeu o controle do Mclata e porrou o bico do carro no guard rail bem na entrada do túnel.
Ao sair do carro, visivelmente irritado, olhava como se quisesse fuzilar alguém ou algo, quando o grande culpado era ele mesmo.
Depois, perguntado sobre o porquê de acelerar tanto com a corrida praticamente ganha respondeu: “-Queria por uma volta em cima do Prost...”.
Mas a verdade é que deste acidente emergiu um novo Senna. Amadurecido e com um nível de concentração que não permitiu nunca mais perder uma corrida por erro bobo.
Uma pena este amadurecimento forçado não contagiar também o francês Jean-Louis Schlesser, que pilotando uma Williams em substituição ao doente Nigel Mansell - na verdade o francês substituía Martin Brundle, que comprometido com outra categoria, não pode fazer sua segunda corrida no lugar do Leão - na volta 49 enxergou pelos retrovisores o carro vermelho e branco do brasileiro.
Respeitosamente puxou o seu para a esquerda, abrindo espaço para a ultrapassagem simples.
Schlesser era apenas o décimo primeiro colocado, não tinha intenção nenhuma e nem motivos para atrapalhar a passagem do líder, mas quando tomou a segunda perna da chicane, se atrapalhou todo, meteu a roda na zebra e perdeu o controle do carro acertando pelo meio a maclata de Senna que já o havia ultrapassado e contornado a segunda perna da chicane.
Com a pancada o carro de Senna ficou em travado em cima de uma das altíssimas zebras do autódromo de Monza, impossibilitado de voltar a pista.
Assim a vitória cai no colo de Gehard Berger, com Michele Alboreto em segundo, ambos da Ferrari que não fazia uma dobradinha no GP de casa desde 1979 quando Scheketer e Gilles, o Villeneuve que prestava mesmo sem título deram a alegria suprema aos tifosi da máfia de Maranello...
Curiosamente, Jean-Louis Schlesser, que por conta deste incidente foi taxado de barbeiro, roda presa, afoito e grosso, ganhou por dois anos consecutivos (1999 e 2000) o Rali Paris-Dakar, competição que para muitos, apenas pilotos de verdade vencem...
Outra curiosidade é que Berger viria a ser companheiro de Ayrton na Mclata e herdaria outra vitória do brasileiro em circunstancias diferentes e com ordem da equipe para que Senna lhe cedesse a vitória.
Ordens que, aliás, naquela época não eram tão comuns, caso contrário, provavelmente o austríaco Berger teria cedido – à contra gosto – o lugar mais alto do pódio ao italiano Alboreto.
Comentários
Como alguém disse tempos atrás : Merdas acontecem..."
Não fosse essa zebra monumental, a McLaren teria conseguido um feito histórico - vencer todas as corridas de uma temporada.
abs
Valeu
Que bom que no final, não fez falta!
abs
ps: fico imaginando se fosse o Piquet no lugar de Senna. O francês teria levado uns cascudos.