Xmas on Sanatéur - conto de natal 2011

Este é o já tradicional (?) conto de natal do Blog do Groo, desenvolvido sobre idéia original - e com a ajuda do amigo e parceiro Anselmo Coyote. A todos um feliz Natal repleto de paz, amor, alegria, união e amizades.


- Hoje? - disse Ron enquanto mordia um donut
- Hoje não... Agora! Antes que a nevasca piore, eu odeio neve. E chame o Coyote. – ordena Mar Céu L´Onça.
-Ih... Sei não. Ontem ele estava com uma loura e à esta hora nem deve ter acordado se é que dormiu. Vou sozinho, afinal é só uma caixinha com uma árvore.
- Não Ron... A árvore não está em uma caixa
- Por que não? Onde está?
- No mostruário. Montada e é a última da loja.
- Ah não! Aquela árvore de natal é muito pesada e desajeitada. Como aconteceu isso? Ficou pechinchando, né?
- Um pouco... E quando cheguei ao preço que queria só tinha uma e se não buscar até o meio dia o China vende pra outro.
- Você nem deu um sinal para segurar a árvore?
- Não. As folhas de cheque – assim como as das árvores desaparecem no inverno - acabaram e banco nessa época... – filosofa o chefe fazendo com que Ron engasgue e pense que a filosofia poética do chefe deve ser fruto do espírito de natal.
- Por que você não manda o De Rã?
-Porque pedi a ele que fosse comprar os enfeites...
-Vou telefonar para o Coyote... Mas porque você não gosta de neve?
-Gosto de coisas tropicais... Meu sonho é ir passar o natal no Brasil um dia...
Enquanto o chefe respondia, o fotografo entrava na sala.
- Precisa telefonar não, estou aqui... Que é que está pegando?
- Vamos à loja do China buscar uma árvore de natal – diz Ron com a boca cheia de açúcar do donut.
- Ué? Onde está o "boy"?
- Foi pegar as bolas do chefe. – reponde Ron, deixando Mar Céu L´Onça desconcertado.

Ron e Coyote se entreolham cúmplices e saem.
- Vamos tomar um cappuccino primeiro? - sugere Coyote já com os copos na mão.
- Claro... Assim me livro deste gosto de creme na boca. O chefe me ofereceu um donut, acho que estava velho...
- Ron... - diz Coyote com um tom mais ameno - Você ouviu falar na fila de sopa lá na Rua 32? Dizem que está dando a volta na Quinta Avenida.
- E daí? - diz Ron engolindo o liquido quente.
- É muita gente e esse ano tem muita criança. Eu estava pensando se não vale a pena tirar uma foto lá para a edição de natal.
- Foto triste. Não combina com a época.
- Aí é que está! Eu tive uma idéia.
- Qual?
- Alegrar a gurizada e fotografar.
- Mas, como?
- Ron, acorda. Aquela árvore vai ficar na redação o natal inteiro e ninguém vai nem notar... É o mesmo que não ter árvore nenhuma.
-E no que está pensando?
- Acabamos o expediente hoje e quando todos saírem, depois da nossa festinha, pegamos a árvore na redação, desmontamos e levamos pra fila. Montamos de novo e colocamos uma faixa desejando boas festas e eu tenho uma surpresa.
- O chefe não vai concordar. Afinal ele quer usar essa árvore pelo menos pelos próximos 10 anos.
-E ele precisa saber? Mas se você quiser podemos por outra no lugar e amanhã cedo, quando elei acordar de ressaca e nem vai notar a diferença. O importante é ter uma árvore lá... E tem mais... Ele não gosta de neve e se não gosta de neve também não deve ligar pro natal. Só deve estar fazendo tudo isto pelas aparências.
-Certo... Concordo... Vamos fazer o seguinte: executamos teu plano e depois que te ajudar a por a arvore na fila da sopa na Rua 32, eu vou até atrás de outra árvore e coloco na redação.
-Fechado! E assim se dá.
Coyote e Ron levam a árvore para a redação e com as bolas que De Rã trás, enfeitam.
Como esperado, a festa ao fim do expediente se dá de forma rápida, todos se vão para outros compromissos, incluindo o chefe.
Então os dois então retiram a árvore da redação e a colocam no banco traseiro do Studebacker de Coyote.
Na manhã de natal montam a árvore no inicio da fila na Rua 32, bem ao lado do balcão onde voluntários servem a sopa. Estendem uma faixa e logo aparecem dois caminhões repletos de pequenos presentes: bonecas para as meninas e bolas de baseball e basquete para os meninos.
-Era esta a minha surpresa... Conseguimos com negociantes próximos da Rua 45 estes brinquedos todos... Veja só a alegria da meninada! – diz Coyote com os olhos marejados.
-Sensacional Coyote, sensacional... Mas conseguimos é gente demais... Quem foram os outros? – quis saber Ron.
-Você.
-Eu?
-Sim... Eu disse aos comerciantes que tinha fotos comprometedoras de todos eles e que você faria um texto maldoso e envenenado para publicar na manhã de natal se eles não ajudassem...
-E você tinha?
-Não... Mas sabe como é... Na Rua 45 todo mundo tem culpa de algo. Sempre!
Os dois riem...
-E você? Como se virou com a árvore do L´Onça...
-Foi fácil... Lembrei que ele gosta de coisas tropicais.

E no mesmo momento na redação, Mar Céu L´Onça coça a cabeça olhando para uma bananeira enfeitada com bolas natalinas no centro de sua redação pensando: -Tenho a ligeira impressão de que ontem esta árvore era diferente...

Comentários

Marcos Antonio disse…
hahahah boa! matei a saudade do Sanateur agora! ótimo texto e ótimas fotos, como de praxe
Marcelonso disse…
Groo,

Sensacional o texto. Fiquei o tempo todos pensando no que vcs dois aprontariam dessa vez...

No fim das contas foi por uma boa causa.


abs
Anselmo Coyote disse…
Aprontar, boss? Que isso?!
Eu não aprontei nada não. Você aprontou, Groo?
Abs.
Ron Groo disse…
Não... Eu não.
Speeder76 disse…
Não interessa se aprontaram ou não. O que interessa é que, mais uma vez, foram originais neste Natal.

Abraços e tenham um excelente 2012!
Marcelonso disse…
Rapazes,

Dessa vez passa...

Desejo um excelente Natal a vocês e suas familias, com muita alegria e paz.

E que no próximo ano possamos dar boas risadas juntos.

abs
Anselmo Coyote disse…
Obrigado garotos.

Feliz Natal a todos e aos seus familiares, amigos e às pessos queridas!

Que 2012 venha logo e trate de ser melhor do que 2011, porque nós merecemos. Uai.

Abs.
Belesa Groo...não poderia deixar de dar uma passadinha aqui e desejar um feliz natal a vç e todos os participantes do blog.
Groo,

texto muito bacana e fotos idem...

abs...
Groo,

texto muito bacana e fotos idem...

abs...
Humberto Corradi disse…
Mais uma vez genial!

valeu
Anônimo disse…
...genial só o Hamilton. Mas, Latueiro, por aqui ? E com os mesmo erros... Não muda a figura ! Não é "passadinha" e sim "paçadinha" ! Que belesa !



Do amigo M.C.


... senhor Groo, comeu muita penosa no Natal ? Não ? Por isso andas apagando os meus comentários, né ? Tá nervosinho... O Imperador ia comer umas penosas mas aí se desesperou com a galinhagem exagerada dentro de sua BieMeVe e saiu dando tiro prá tudo quanto é lado ! Reclamarei com Wandeco Marçal sobre a censura branda imposta amim neste bloguinho. Não finjas que não conheces o portuga " mais letrado da internet "( o senhor é o ... é o... segundão ! HA ! ). E, por onde anda o Pantaneiro, " o bicheiro de Cuiabá " ? Preso ? E o indulto de Natal ? HA !
Anônimo disse…
... Sobrinho na Ruimlliams ! Essa o Wanderson Marçal e o senhor Groo gostarão ! Gostarão ? Çinsseramenti, eu não acredito. O Tio morreu lá. Sei não...


M.C.
Rubs disse…
Um colosso de conto! Revela os verdadeiros móbeis dos protagonistas.
Nesta época, eu perambulava pela 18.
Só fiquei com uma dúvida: "45" não é o número da privataria tucana?
Anônimo disse…
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anselmo Coyote disse…
Extra! Extra! Extra!

Descobri o que quer dizer MC. É Merd, opa... Massa Cheirosa.

Ele pertence a uma categoria inexistente, ou seja, a base eleitoral da privataria tucana.

E é um piadista de mão cheia. Um panaca que assim como os outros "cheirosos" acha que a massa-não-cheirosa é burra quanto ele.

Para o seu governo, MC (Massa Cheirosa) o livro Privataria Tucana não está
encalhado, mas esgotado. Sim. Esgotado, porque vendeu 15.000 (quinze mil, isso mesmo) exemplares em menos de 24 horas.

É verdade também que há rumores de que foi o Serra que, cagando de medo (cagando uma massa cheirosa, claro) mandou comprar na esperança de que ninguém lesse. Escolha vc a versão que lhe for mais conveniente.

Quem deu confessou o que quer dizer MC foi a macaca de auditório do PSDB, a pseudo-jornalista Eliane Cantanhede.

Abaixo o link onde ela fala da Massa Cheirosa e mais abaixo o link completo, onde ela toma várias e várias tamancadas elegantes do jornalista (este sim, jornalista) Caco Barcelos.

1o link.

http://www.youtube.com/watch?v=yuXgolrKWjA&feature=related

2o link

http://www.youtube.com/watch?v=o79VPhf_2UE&feature=player_embedded


Feliz Ano Novo, MC (cheirosinho...rs)
Anselmo Coyote disse…
Groo,

Sobre um certo livro "encalhado", ele está em 6o lugar entre os mais vendidos. E o autor disse que tem material para escrever mais um.

Confira:

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/serra-destila-odio-contra-aecio-segundo-bergamo#more

Abs.
Anselmo Coyote disse…
Groo,

Mais uma notícia (abaixo) do livro que, segundo o MC Massa Cheirosa, está encalhado.

E tem mais, MC Massa Cheirosa. Começou a guerra entre tradutores para traduzir o livro, porque os pedidos do exterior não param.

(Com voz da Salomé, personagem do Chico Anísio):

- MC, MC... você está aí? Desligou! Se tiver acompanhando o FHC talvez não apareçam nunca mais. Que pena... eles pareciam tão inteligentes... pareciam.. Aff.

"Nas livrarias Cultura, Publifolha e Saraiva, A Privataria Tucana aparece na SEGUNDA colocação entre os livros mais vendidos do Brasil. A obra figura na mesma posição no site especializado em literatura, Publishnews. A reportagem do Comunique-se assinada por Izabela Vasconcelos também mostra que a produção de Ribeiro Júnior é a décima mais comercializada na Fnac. Cultura, Saraiva e Fnac estão entre as fontes pesquisadas para a formulação do ranking da Veja.com.

Abs.
Rubs disse…
Eu adoro a Eliane Cata na rede; o Richard No Blat; a médium espírita, Lúcia Hippolyte Léon Dénizard Rivail. Eu adoro a tradição do quarto poder inaugurada por São Francisco de Assis Chateaubriand.
Mas, o que eu adoro, mesmo, é Milico Chineludo, neo-liberal semi-analfabeto, que nunca leu John Locke, o pai do liberalismo, nem Milton Friedman, e que pensa que a Veja é o "olho que tudo vê". Ah, como eu admiro a sapiência dos sábios que se deixam guiar pela bela mídia.