GP dos EUA inesquecível


Grande Prêmio dos EUA, ao menos para os brasileiros é sempre cercado de uma mística, de uma aura histórica.
Primeiras vitórias de Emerson e Piquet.
O primeiro título de Piquet.
Vitórias de Ayrton Senna e até de Rubens Barrichello, ainda que deste último pareça – até hoje – uma compensação pela patacoada ocorrida na Austria no mesmo ano em que a poucos metros da linha de chegada o brasileiro tenha cedido – ou sido obrigado a ceder – a posição ao alemão Schumacher.

Mas olhando atentamente também há passagens cômicas ou dramáticas.
Pista em estacionamento de shopping, corridas com calor infernal em que pilotos até desmaiavam e o mais curioso de todos os casos: a corrida de 2005.

Não que a crise dos pneus a aquela altura fosse uma comédia, longe disto.
O perigo de haver muitos acidentes por conta da falha nos Michelin realmente existia e não tinha nada de engraçado.
O protesto – inusitado, inédito e muito válido – na largada do GP dos EUA de 2005 trouxe outras nuances, estas sim cômicas (quase trágicas) da F1.

A elas:
Ralf Schumacher, o irmão esquisitão foi um dos pivôs da crise ao bater na curva 13 - única curva original do circuito oval do templo de Indianápolis – onde curiosamente no ano anterior, sem problema nenhum nos pneus, ele bateu no mesmo lugar e tão forte quanto.
Era a primeira pole position da equipe Toyota, e nem sequer largaram.
Foi a única corrida como titular de Ricardo Zonta naquela temporada.
Mesmo largando apenas na quinta posição Michael Schumacher ainda estava a frente do seu companheiro de equipe.
Mesmo com apenas seis carros na corrida, o piloto indiano Narain Kartiqualquercoisa não escapou de ser um dos últimos.
Esta corrida foi o ponto alto da carreira de Patrick Friesacher na F1, marcando três pontos para a Minardi, que fazia então aquela sua ultima temporada. Depois, por motivos financeiros foi trocado por Robert Doornbos, o que convenhamos, não foi bom negócio para ninguém...
Foi também a última corrida em que a Minardi marcou pontos: 7, depois virou Toro Rosso, venceu um GP e revelou um campeão mundial.
Este GP acabou com a idéia estapafúrdia que em uma corrida head to head com Schumacher, Rubinho venceria.
Raras vezes a F1 reuniu nos EUA mais de 100 mil pessoas para assistir um grande prêmio, e justo daquela vez viram apenas seis carros largando para as 76 voltas.
Provavelmente foi a maior vaia que a categoria já tomou em um autódromo.


Os estadunidenses são acostumados com corridas com muitos pitstops, muitas interrupções por bandeira amarela, mas quando viram os carros se dirigirem aos boxes antes de completar a volta de apresentação devem ter pensado: “-Isto é ridículo...”.
E isto não deixa de ser engraçado...

Comentários

Se fosse levar em conta somente essa corrida, realmente Barrichello botou uma briga boa com Schumacher, decidida em um incidente curva 1, na volta da parada de boxes. Foi por pouco. O problema é que Rubens muitas vezes não conseguia ter desempenhos assim, ficando muito atrás do alemão, com corridas anônimas. Desconfio que Webber seja um clone de Rubens. Ou mesmo Rubens disfarçado de canguru.
Rubs disse…
VAI WEBBER!!!!
Marcelonso disse…
Groo,

Dessa vez o circuito é bem feito e parece que alguns americanos estão sabendo o que é F1. Vamos ver quanto tempo vai durar...


abs
Daniel Machado disse…
Essa corrida de 2005, putz, foi tenso demais. Só não pontuaria quem quebrasse ou quem fizesse a maior besteira da vida, ainda mais os carinhas das equipes pequenas.