Se o papa é argentino, um tango rock para ele


Eles já haviam lançado três discos com ótima aceitação e vendagem. Faziam turnês com vários shows inclusive no Japão. Tocavam nas rádios com regularidade e apareciam em programas de televisão, mas segundo seus contadores ainda estavam devendo para a empresa de som e de iluminação.
Roger Taylor que – devido a seu estilo enérgico - quebrava várias baquetas durante os shows foi avisado de que era melhor maneirar, pois simplesmente não havia mais dinheiro sequer para comprar baquetas novas.
Em resumo: apesar do sucesso e da aparente prosperidade estavam à beira da falência.
Uma rápida auditoria e descobriu-se o óbvio: o dinheiro entrava no caixa, mas não ficava.
Tudo por conta de acordos comerciais assinados às pressas onde a produtora é que negociava seus álbuns com uma gravadora ficando desta forma com a parte leonina dos resultados. Tanto que, enquanto ensaiavam para a gravação do seu quarto álbum, alguém ligado a produtora apareceu nos estúdios guiando seu próprio Rolls Royce.
-Algo aqui está errado! – pensou Brian May – Estamos morando em kitinetes enquanto estes caras compram carros de luxo?
Romperam com a produtora e contrataram John Reid que gerenciava – com sucesso – a carreira de Elton John.
Reid disse então: -Façam o melhor que puderem fazer, e deixem o resto comigo.
Tudo parecia resolvido, mas não para Freddie Mercury que precisava expurgar a raiva que sentiu daquela situação. E a raiva era tanta que até pensou em parar de compor.
Felizmente não parou e assim nasceu um dos faiscantes “tango-rocks” de todos os tempos: Death on two legs (dedicated to...)
As reticências do subtítulo deixam em aberto a interpretação de para quem seria tal declaração de ódio. Alguns vestiram a carapuça e tentaram processar a banda, porém a falta de outras citações na canção ou no restante do disco fez com que os processos fossem arquivados.
Ao vivo, Freddie Mercury costumava introduzir a canção com frases do tipo: “-Esta é sobre um cavalheiro realmente filho da puta!” ou “A próxima canção é sobre o maior filho da puta que conheci...”.
A canção era tão repleta de linguajar vulgar e ofensas que John  Deacon dizia ter vergonha de tocá-la e Brian e Roger faziam os backing vocals visivelmente constrangidos.

Comentários

Manu disse…
Toda banda passa por esses problemas, é uma coisa incrível. o.O

Abs!
Anônimo disse…
... eles, Queen, também têm o seu "naco" de culpa. A festas do seu Fred eram caríssimas ! Vi um documentário que, depois desta fase aí, muito depois, quase no 'The Show Must Go On', seu Fred alugou um castelão e o Rod Stewart com uma supergata, lá pelas 2 da manhã, escapou dizendo todo sem graça: " Não dá mais prá ficar, não, cara...". Subaru no Cabanal das brabas ! E custa dindin contratar, huuummm, meninos bonitos, moças de vida fácil( nem tanto...). Sem contar o "combustível" das festinhas. Ou melhor, os "combustíveis". Ou seja, desde desde, os caras gastavam. E os malandros, vendo os jovens gastando horrores, deram uma de espertos em cima dos bobso que se achavam quingues ófi de uordi ! Desde o início, tem que ficar de olho ! Não é só sexo, drogas e rock and roll. Sexo, drogas, rock and roll eee BEE ! Budget, Expense, Emolument... na mãozinha do astro ! HA ! Contratem o M.C. ! 6 a 10% cobro.


E Deus é argentino ! Vão começar a consertar a América Latrina pela Argentina...
Um conservadorismozinho é sempre bem vindo nesta esbórnia !


M.C.

Anônimo disse…
Uma música muito boa com uma história interessante. E sempre executada com muita raiva.

M.C., essa fase das festas caras foi bem depois. No início eles eram quebrados mesmo.
Anônimo disse…
... não, eu sei. Mas o que eu escrevi é que, eles tiveram culpa também. Jovens, só pensaram em mostrar o trabalho. Com o reconhecimento e fama, vieram as festas( sexo, drogas), paparicos, puxa-saquismos( que para muitos faz bem ao ego...) e deixaram tudo, leia-se - dinheiro -, na mãos dos malandros.



M.C.