BB King foi descansar, finalmente...
O homem estava com 89 anos de idade e ainda trabalhava. Houve tempos em que fez 350 shows em um ano! E ano passado foi obrigado a cancelar uma turnê por conta de estafa.
Fará falta?
Sim, para os filhos, para os amigos mais próximos e tal.
Os fãs têm os discos, os filmes, os vídeos...
E por falar em disco, este nem é dos mais cultuados, mas é fundamental para quem quer ouvir um blues de primeira grandeza: Live in Cook County Jail.
As vaias e apupos que abrem o disco não são – e nem poderiam ser – endereçadas a Riley B, King, a.k.a., B.B. King e sim para o diretor do presídio que havia sido apresentado instantes antes junto do pedido de que o “seleto público” se comportasse bem durante o show.
Eram dois mil detentos na penitenciária de Chicago que respondiam as solicitações de King de forma até tocante quando este pede no batido esquema “repeat with me” que a ala masculina do presídio faça uma homenagem ao setor feminino.
BB King toca algumas notas em sua guitarra, solta a frase e a bandidagem em uníssono se derrama toda em um enorme “I Love you”.
Com uma malícia que só tem quem está cansado de apanhar da vida, King filosofa: “-As mulheres gostam de saber que são amadas, por isto digam a elas que as amam!” – e depois de uma matreira pausa – “-... mesmo que seja mentira.”.
O registro original lançado em 1971 tem apenas oito faixas.
Começa com o petardo “Everyday I have the blues” em uma versão faiscante e passa por “Worry, worry, worry”, “Sweet little sixteen” até desembocar em “Please, accept my Love”.
No meio de tudo isto, uma versão sentimental ao extremo de “The thrill is gone” que de tão sentida, dá a impressão de o mestre vai sair do palco em prantos, mas o pequeno funk em que a música se transforma em seus minutos finais trazem de volta a alegria que os presos estavam sentindo em ter BB King ali com eles àquela tarde.
Tanto que ao fim aplaudem até os funcionários da cadeia.
Mas... Por que este texto só hoje, se BB King morreu na sexta feira passada?
Para que pressa em celebrar sua vida? Temos a nossa inteira pela frente para ouvir e lembrar o quanto King era sensacional.
E como disse lá em cima, na abertura do texto, BB King foi descansar, não precisávamos incomodá-lo logo no primeiro dia deste descanso.
BB King vive, e viverá para sempre.
O homem estava com 89 anos de idade e ainda trabalhava. Houve tempos em que fez 350 shows em um ano! E ano passado foi obrigado a cancelar uma turnê por conta de estafa.
Fará falta?
Sim, para os filhos, para os amigos mais próximos e tal.
Os fãs têm os discos, os filmes, os vídeos...
E por falar em disco, este nem é dos mais cultuados, mas é fundamental para quem quer ouvir um blues de primeira grandeza: Live in Cook County Jail.
As vaias e apupos que abrem o disco não são – e nem poderiam ser – endereçadas a Riley B, King, a.k.a., B.B. King e sim para o diretor do presídio que havia sido apresentado instantes antes junto do pedido de que o “seleto público” se comportasse bem durante o show.
Eram dois mil detentos na penitenciária de Chicago que respondiam as solicitações de King de forma até tocante quando este pede no batido esquema “repeat with me” que a ala masculina do presídio faça uma homenagem ao setor feminino.
BB King toca algumas notas em sua guitarra, solta a frase e a bandidagem em uníssono se derrama toda em um enorme “I Love you”.
Com uma malícia que só tem quem está cansado de apanhar da vida, King filosofa: “-As mulheres gostam de saber que são amadas, por isto digam a elas que as amam!” – e depois de uma matreira pausa – “-... mesmo que seja mentira.”.
O registro original lançado em 1971 tem apenas oito faixas.
Começa com o petardo “Everyday I have the blues” em uma versão faiscante e passa por “Worry, worry, worry”, “Sweet little sixteen” até desembocar em “Please, accept my Love”.
No meio de tudo isto, uma versão sentimental ao extremo de “The thrill is gone” que de tão sentida, dá a impressão de o mestre vai sair do palco em prantos, mas o pequeno funk em que a música se transforma em seus minutos finais trazem de volta a alegria que os presos estavam sentindo em ter BB King ali com eles àquela tarde.
Tanto que ao fim aplaudem até os funcionários da cadeia.
Mas... Por que este texto só hoje, se BB King morreu na sexta feira passada?
Para que pressa em celebrar sua vida? Temos a nossa inteira pela frente para ouvir e lembrar o quanto King era sensacional.
E como disse lá em cima, na abertura do texto, BB King foi descansar, não precisávamos incomodá-lo logo no primeiro dia deste descanso.
BB King vive, e viverá para sempre.
Comentários
BB King sempre será o rei do Blues. O cara que melhor soube traduzir esse ritmo rural para as loucuras da cidade.
BB King fará muita falta, sem dúvida alguma.
abs
M.C.