F1 2015: Mônaco - O instante que precede o esporro

Mônaco pode ser – e às vezes é – monótono.
Pontos de ultrapassagem só para corajosos e/ou loucos.
Também tem as ultrapassagens feitas em cima de erros...
A pista apertada, estreita, sinuosa, travada etc. É a grande causa.
Mas é natural... Afinal, aquilo tudo não é um circuito de corrida construído por um desenhista, mas feita de acordo com as possibilidades e topografia do lugar.
Diferente de lixos como Abu Dhabi e outros circuitos de autorama.
Sem contar o visual que é naturalmente incrível e não precisa de jogos de luzes, lusco fusco, hotel que muda de cor e outras besteiras que ajudam a distrair o fã da chatice de fila indiana da corrida.

Outro ponto positivo de Mônaco é a falta de áreas de escape.
Erros no principado são punidos de verdade.
Fez merdinha, vai ficar fora da corrida, não há aquelas áreas de escape de um quilometro que ajudam os mais manetas a não ficar fora da prova.
E fazer merdinha em Mônaco é coisa muito fácil já que em pelo menos 95 por cento da prova se passa a milímetros dos muros e guard rails.
E é isto que dá emoção a prova.
A possibilidade de um gênio como era Ayrton Senna bater na entrada dos boxes por ter se desconcentrado estando quase um minuto à frente do segundo colocado.
Se aconteceu com ele, imagina com tipos limitados e superestimados como os pilotos da atual equipe dominante?

Um ponto negativo é que se não há algo diferente na largada, como uma grande confusão na Saint Devote, por exemplo, as chances de não acontecer mais nada durante as setenta e oito voltas também é bem grande.
Salvo uma ou outra coisinha.
E este ano foi assim: tudo muito normal.
Largada limpa, time dominante pulando na frente e abrindo.
Nenhuma ultrapassagem dos ponteiros e protagonistas. Apenas algumas no meio do pelotão, que não deixam de ser bacanas devido à dificuldade natural.
Nada demais nas paradas de box e por fim, o Alonso fora da prova, o que também tem se tornado coisa comum no ano.

Mas o marasmo é apenas um despiste, um disfarce, num instante tudo pode mudar...
Do nada, Verstapinho fazendo uso de sua adolescência e por consequência a falta de noção, tenta ultrapassar Grosjean na base da força.
Romain também não é flor que se cheire... E em um instante os dois fora!
E Hamilton - lá na frente – foi convencido pela equipe de que poderia ir para os boxes e voltar na frente ainda.
Se ferrou! Perdeu a posição para os dois alemães. O da própria casa e o da Ferrari.
E a vitória acabou caindo no colo de Nico Rosberg que, de quebra, ainda ganhou com segunda posição de Vettel um upgrade na briga pelo campeonato.
Assim é Mônaco: pode passar do silencio, do marasmo total a explosão da emoção em questão de instantes.
Só reclama de corrida no principado quem não gosta mesmo do esporte.
Para estes: vão dormir, vão...

Comentários

Vinicius disse…
Atualizando o placar na Ferrari:

Farsa Alemã 5 x 1 Aposentado Finlandês.
Marcelonso disse…
Groo,


Essa história da Mercedes está muito mal contada...


abs
Manu disse…
De fato, só no fim ela ficou agitada à boa moda de Mônaco. Mas só no fim. Mesmo assim estou totalmente descrente das corridas, ainda mais pelo feito fora de pista de alguns.
Fazer o quê, não é?! #paciência...

Abs!