Venceu?

#LoveWins.
Assim terminava o tweet do presidente norte americano Barack Obama logo após a Suprema Corte daquele país garantir constitucionalmente o direito ao casamento para homossexuais.
É uma notícia para se comemorar e não só pela comunidade gay, mas por todos aqueles que entendem que a vida de cada qual é de sua própria conta, mas nem por isto devem ser colocados à margem dos direitos que todo ser humano tem (ou deveria ter).
E neste caso amar e viver sob o amparo dos direitos que casais heterossexuais já têm.

Mas será que o amor venceu mesmo?
Por mais feliz que se possa ficar e demonstrar com declarações ou participando de ações em redes sociais (foi interessante a onda das fotos com filtro nas cores do movimento, só não fiz por pura preguiça), fica esta duvida.
E a resposta é triste, creia... Não venceu.
Ainda.
O amor vencerá quando não for mais preciso leis para garantir aquilo que bastaria apenas o bom senso para ser aceito.
Foi um passo gigantesco dado dentro de um dos países que mais influenciam o restante do mundo, mas por enquanto nada de vitória.
Foi só mais uma batalha e a luta continua e é preciso mudar a cabeça dos indivíduos, coisa que infelizmente leis não fazem.
Até lá #LoveWillWin.

Comentários

Anselmo Coyote disse…
Groo, belo post. As leis devem ir do povo para os codigos, assim como as palavras para o dicionário. Mas nem uma nem outra dessas coisas acontecem em sua plenitude. O mundo do bom senso é o ideal, mas ele existe apenas n'A República. Cumprindo reiteradamente a lei, seja pela imposição, seja pelo bom senso, forma-se a cultura daqueles mais refratários e alguns poucos não serão atingidos jamais pela força coercitiva ou pelo bom senso. Mas pela morte todos seremos e os que virão serão formados em um ambiente diverso do nosso. Como vc disse foi um enorme passo e era necessário.
Abs.
PS. Como me atrevi a falar d'A Republica não me espantará se um velho louco aparecer por aí para dar pitacos.
Anselmo Coyote disse…
Groo, belo post. As leis devem ir do povo para os codigos, assim como as palavras para o dicionário. Mas nem uma nem outra dessas coisas acontecem em sua plenitude. O mundo do bom senso é o ideal, mas ele existe apenas n'A República. Cumprindo reiteradamente a lei, seja pela imposição, seja pelo bom senso, forma-se a cultura daqueles mais refratários e alguns poucos não serão atingidos jamais pela força coercitiva ou pelo bom senso. Mas pela morte todos seremos e os que virão serão formados em um ambiente diverso do nosso. Como vc disse foi um enorme passo e era necessário.
Abs.
PS. Como me atrevi a falar d'A Republica não me espantará se um velho louco aparecer por aí para dar pitacos.
Marcelonso disse…
Groo,

Se cada um cuidasse da sua própria vida e respeitasse o espaço alheio, já estaria de bom tamanho.


abs
Rubs disse…
Muito bom, Ron Snow. Tão bacana quanto esta decisão jurídica em um país puritano, ia ser acabar com as desigualdades de gênero. Mas desconfio que o poder econômico das mulheres não seja tão grande.

Eu não sei o que esse Boieiro Troncho quer dizer. Nem toda loucura é má. O velho não tem nada de ideal, mas tem de louco. Imaginou uma experiência mental que sabia ser impossível. Num mundo em que a mulher era equivalente ao escravo, ao menino ou a um lote de bois, o homem diz que todas deveriam ter a mesma formação que o aristocrata e, se tivesse mérito, poderia se tornar a soberana do Estado. Diz, ainda, que legisladores, militares e intelectuais não deveriam ter propriedades, inclusive mulheres. E mais, nesse experimento imaginário, como todas as relações eram fundadas na virtude, o Direito seria supérfluo, obsoleto. Não haveria contratos escritos, pois bastaria a concórdia verbal; e não haveria conflito a ser dirimido, pois os interesses seriam convergentes.
E depois eu é que sou doido? Talvez ao menos numa coisa não haja loucura: a passagem do fato à lei e desta para a aplicação, tudo isso, não passa de ficção. O louco imagina um drama, como um profeta. E o intérprete traduz o melhor sentido para o povo.
Vá contar cascata para outros, Coyote. Pois trata-se justamente disso: inventar histórias, registrá-las por escrito e traduzi-las, interpretando-as do melhor modo para o povão.
Abs do Velhouco.