F1 2015: Itália - É bom até quando é ruim

Monza é um deleite para os olhos.
Pista bonita, veloz, tradicional... E se por um destes desastres da natureza (e dos regulamentos da F1) a corrida for monótona, tem a vantagem de acabar rápido.
É a corrida mais rápida do calendário.

Muitos reclamam de que a área de escape da Parabólica, a curva mais emblemática do circuito (parece não acabar nunca!) foi asfaltada.
Ok! Entendo... Diminui o desafio, mas ainda assim: muito melhor isto que o que aconteceu com a Peraltada, no México, por exemplo. Ou mesmo com a Tamburello.
Vida que segue, tomara que GP que siga também, ad infitum.

A largada não foi totalmente limpa, mas não houve batida.
Apenas um toque do Maldonado, sempre ele.
Kimi ficou na largada, paradão, conseguiu fazer o carro se mover antes do pelotão sumir e saiu escalando a tabela.
É mais fácil quando se tem um carro razoável nas mãos, claro...
Ao fim da volta sete já era o nono.

Infelizmente, a corrida entrou em modo automático.
Nem o Cone#6 com equipamento melhor e tendo que voltar a, pelo menos, seu lugar de largada, não rendeu emoção.
Ficou preso atrás de Valteri Bottas.
Lá na frente o Cone#44 abria.
De cara para o vento e com todos as ajudas de videogames ligados fica muito fácil.
No rádio da equipe se ouvia: “-Não atrapalhe o carro, não atrapalhe o carro...”.

Sem contar a recuperação de Kimi Raikkonen, que também já era esperada, diga-se. Não houve novidades.
Nem os pitstops ridículos da Williams. Aliás, isto já virou tradição.

Nem a explosão do motor Mercedes de Nico Rosberg foi surpresa.
Trocou a unidade de força por uma usada em Spa...
Ai fica fácil para o cone#44 que, sem conseguir atrapalhar o próprio carro, não têm adversários.
Monza merecia um vencedor melhorzinho...

Mas o grande lance de toda a corrida foi a defesa de posição de Felipe Massa contra Valteri Bottas.
Ao fim da prova soltou a frase: “-Estou velho demais para aquilo...”.
Eis a prova de que Monza, até quando é meia boca, é sensacional.

Obs.
Ao terminar o texto ainda estava em curso uma investigação sobre possível punição ao cone#44 da Mercedes por conta de pressão errada nos pneus.
A se confirmar, o assunto será tratado em outro post.

Comentários

Manu disse…
Concordo também, apesar dos bastidores desse evento terem me deixado com estômago revirando.

Abs!
Rubs disse…
Certo. Será que engenheiros podem desligar um motor eletronicamente e ligá-lo depois?