F1 2018: Ole lê, ola lá, a França vem ai e a gente pode até dormir...

Tradição.
Se há uma palavra que pode definir o grande prêmio da França esta palavra é tradição...
A França foi o primeiro país a utilizar o termo “grande prêmio” em uma corrida de automóveis lá no longínquo ano de 1906, mais precisamente nos dias 26 e 27 de junho, em uma corrida nos arredores de Le Mans.

De lá para cá, diversos circuitos e traçados foram usados na disputa do GP francês.
Na era F1, que compreende o período de 1950 aos dias atuais, Paul Ricard, Dijon, Magny Cours, Charade, Rouen, Reims e até uma configuração menorzinha de Le Mans.
Anteriormente, também houve corridas em Pau, Saint Gaudens, Montlhery, Lyon, Miramas, Strasbourg e Diepe também sediaram corridas.
E apesar dos nomes fantásticos que disputaram estas corridas pré F1, aqui vamos nos ater ao período de 1950 em diante.

A equipe que mais venceu em terras francesas foi a Ferrari, com 17 triunfos seguida pela Williams com 8 e a Lotus com 7.
Já entre os pilotos, Michael Schumacher (que surpresa!) foi o que mais vezes viu primeiro a bandeira quadriculada: 8 vezes. (duas pela Benetton e seis pela Ferrari)
Atrás do alemão (não está o Barrichello?) vem Alan Prost com seis vitórias.

Além de Prost, o maior piloto francês que a F1 já viu (e mais chato também), apenas mais dois nativos venceram corridas em casa: René Arnoux (1982) e Jean Pierre Jabouille (1979).
Apenas dois pilotos brasileiros venceram na França: Piquet em 1985 foi o único brasileiro a vencer em Paul Ricard.
Já em Magny Cours, a honra coube à Felipe Massa (2008) pilotando uma Ferrari.
Como curiosidade desta vitória de Felipe Massa fica o fato de que a equipe tinha chegado ao impressionante número redondo de 200 pole positions com Kimi Raikkonen, mas como todo piloto que marcava pole histórica pelo time, Kimi não ficou com a vitória tendo problemas no escapamento de seu carro.

Outra curiosidade é que este de 2008 foi o último GP da França disputado até este ano.
Com problemas gerados pelas altíssimas taxas cobradas pela gestão Bernie Ecclestone para a realização das corridas, os autódromos franceses se viram ameaçados várias vezes pela intenção da F1 de realizar seus GP´s em um traçado nas ruas de Paris.
O que, para nossa sorte, não aconteceu.

Nesta volta a um dos mais tradicionais palcos de corridas na Europa, a vez caberá ao circuito de Paul Ricard que, apesar da chicane na longa reta Mistral, ainda é um traçado de alta velocidade em boa parte da volta, o que já é bem melhor que uma corrida no tedioso Magny Cours.
Porém, para deixar o fã com a pulga atrás da orelha ao menos um pouquinho, outra tradição francesa é de produzir corridas sem graça não importando o circuito e não, não venha com a disputa Arnoux x Villeneuve em Dijon porque – provavelmente – é a única boa briga que você vai lembrar.
E a depender da escolha de pneus para a disputa, este ano pode ser apenas mais um na longa lista de corridas monótonas na França.

Comentários

Anônimo disse…
muita maldade...

Pedro Lucio