Quando nasceu o seu rebento papai Fisichella olhou para aquela criança e sorrindo disse:
-Questo és um vero automobilista!
E assim enchia o quarto do menino de carrinhos de corrida, pôsteres dos melhores pilotos de sua época, uma estátua em tamanho natural de Alberto Ascari e claro: bandeiras da equipe de Maranello servindo de roupa de cama para o bercinho.
Aos cinco anos de idade ganhou uma festa de aniversário temática.
Em cima do bolo estava representada a pista de Monza, na versão completa com as curvas inclinadas e tudo.
O pequeno Giancarlo então soprou as velinhas e fez um pedido insólito:
-Papá do céu, io quero um rádio de carro!
Papai Fisichella estranhou, mas de qualquer forma acabou entendendo, afinal tratava-se de um rádio sim, mas de carro.
-Questo és um vero automobilista!
-Aos dez anos, também em seu aniversário, o menino Giancarlo ganhou uma Ferrari de controle remoto.
Ficou felicíssimo, mas ao tentar ouvir Pepino di Capri ou Benito di Paula no controle do carrinho e não obter sucesso ficou irado, fez birra como todo bom italiano e bateu o pézinho.
Papai Fisichella então do alto de sua autoridade ameaçou:
-Bambini, te comporta ou Briatore Papão te pega! – mas em seu intimo exultou – Questo és um vero automobilista!
A bronca e a ameaça não surtiram muito efeito e o agora jovem Giancarlo seguia aprontando das suas, fazendo coisas que hoje fazem a fama de Silvio Berlusconi na imprensa mundial.
Até que começa a competir de verdade com carros de corrida, passando pelas categorias de base com sucesso até chegar à F1 pela pequena Minardi.
Passa por outras equipes, embora também pequenas, mas sempre se mostra descontente com o fato dos carros que pilotava não ter um rádio.
Um dia as ameaças de seu pai finalmente se tornam realidade e Briatore Papão contrata o italiano para sua equipe e não foi uma vez só não.
Fica tanto tempo com o mostro que devora pilotos que acaba esquecendo seu sonho. Até cair em quase esquecimento e ir parar na menor de todas as equipes pelas quais já correu.
Um grupo de indianos loucos com um milhão de deuses – incluindo gatos, ratos, vacas e a Mercedes Benz – resolve fazer jus as palavras de seu pai e age lá como um “vero automobilista”, arrancando do carro tudo que a lata velha tem a oferecer e fazendo corridas boas para suas condições.
Um belo dia na bela Spa, faz o que ninguém esperava: com seu carrinho colorido como a bandeira do movimento gay indiano crava a pole position e em uma corrida perfeita cruza a linha de chegada em segundo lugar, muito próximo ao líder que pilotava nada mais nada menos que uma mítica Ferrari.
É convidado então para ocupar o cockpit de uma rossa até a volta do seu verdadeiro dono.
Sem pestanejar e lembrando de seu pai ele aceita.
Ao sentar-se no carro sorri como criança, pois ao girar um dos tantos botões do volante a celula de sobrevivência do carro é invadida por uma voz muito conhecida sua: “-Neo blu dipinto di blu, felice distare lassú...”.
Agora sim... E seu pai ainda pode dizer: “Questo és um vero automobilista!”.
-Questo és um vero automobilista!
E assim enchia o quarto do menino de carrinhos de corrida, pôsteres dos melhores pilotos de sua época, uma estátua em tamanho natural de Alberto Ascari e claro: bandeiras da equipe de Maranello servindo de roupa de cama para o bercinho.
Aos cinco anos de idade ganhou uma festa de aniversário temática.
Em cima do bolo estava representada a pista de Monza, na versão completa com as curvas inclinadas e tudo.
O pequeno Giancarlo então soprou as velinhas e fez um pedido insólito:
-Papá do céu, io quero um rádio de carro!
Papai Fisichella estranhou, mas de qualquer forma acabou entendendo, afinal tratava-se de um rádio sim, mas de carro.
-Questo és um vero automobilista!

Ficou felicíssimo, mas ao tentar ouvir Pepino di Capri ou Benito di Paula no controle do carrinho e não obter sucesso ficou irado, fez birra como todo bom italiano e bateu o pézinho.
Papai Fisichella então do alto de sua autoridade ameaçou:
-Bambini, te comporta ou Briatore Papão te pega! – mas em seu intimo exultou – Questo és um vero automobilista!
A bronca e a ameaça não surtiram muito efeito e o agora jovem Giancarlo seguia aprontando das suas, fazendo coisas que hoje fazem a fama de Silvio Berlusconi na imprensa mundial.
Até que começa a competir de verdade com carros de corrida, passando pelas categorias de base com sucesso até chegar à F1 pela pequena Minardi.
Passa por outras equipes, embora também pequenas, mas sempre se mostra descontente com o fato dos carros que pilotava não ter um rádio.
Um dia as ameaças de seu pai finalmente se tornam realidade e Briatore Papão contrata o italiano para sua equipe e não foi uma vez só não.
Fica tanto tempo com o mostro que devora pilotos que acaba esquecendo seu sonho. Até cair em quase esquecimento e ir parar na menor de todas as equipes pelas quais já correu.
Um grupo de indianos loucos com um milhão de deuses – incluindo gatos, ratos, vacas e a Mercedes Benz – resolve fazer jus as palavras de seu pai e age lá como um “vero automobilista”, arrancando do carro tudo que a lata velha tem a oferecer e fazendo corridas boas para suas condições.
Um belo dia na bela Spa, faz o que ninguém esperava: com seu carrinho colorido como a bandeira do movimento gay indiano crava a pole position e em uma corrida perfeita cruza a linha de chegada em segundo lugar, muito próximo ao líder que pilotava nada mais nada menos que uma mítica Ferrari.
É convidado então para ocupar o cockpit de uma rossa até a volta do seu verdadeiro dono.
Sem pestanejar e lembrando de seu pai ele aceita.
Ao sentar-se no carro sorri como criança, pois ao girar um dos tantos botões do volante a celula de sobrevivência do carro é invadida por uma voz muito conhecida sua: “-Neo blu dipinto di blu, felice distare lassú...”.

Comentários
Veja o que é o destino,o cara tá feliz da vida,é a chance que tanto esperou.
abraço
O Fisico merece, tomara que ganhe uma, quem sabe em Monza!
Um pai bajulador, un vero piccolo piloto... Essa história me lembrou mesmo, exceto pelo final, o Trulli.
Um cara que nasceu na capital automobilística do Adriático (Pescara), numa família que gostava tanto de corrida que o pai lhe deu um nome de piloto (Jarno) de motos, morto um ano de ele nascer. E que recebeu tanto apoio que se tornou um dos maiores kartistas de todos os tempos...
Quanto ao Fisico, não lembro ao certo o percurso que traçou antes de chegar à F1. Mas olha, gosto dele pra caramba. O primeiro GP que assisti in loco na vida foi uma vitória dele, por sinal...
E foi bom isso ter acontecido antes do Fisichella encerrar a carreira. Afinal, era o sonho dele...
A cara de bobo alegre dentro do carro foi inevitável. Realizou o sonho de meia humanidade, hein...
e coincido com felipe, o cara realizou a vontade de meio mundo
Benito de Paula....rsrs.
Abs.
Eu ainda vou estranhar muito Fisico de roupa vermelha... Eu morro e ainda não vejo tudo! ^^
abs!
questo és un vero automobilista!!!
Nunca torci ou me simpatizei pelo Fisico, mas gostaria muito que ele aproveitasse bem a oportunidade e vencesse o Kimi em pelo menos uma corrida.
Não sei o que esperar dele para Monza, mas a italianada só quer ver mesmo uma Ferrari na frente, não importa o piloto.