Para estar no panteão das grandes personalidades deste país não precisava mais nada além de ter escrito “Aquarela do Brasil”, que inaugurou o gênero samba exaltação.
Durante muito tempo houve uma corrente que gostaria de colocar esta composição como Hino Nacional não oficial, posição que deveria ocupar mesmo devido à beleza de seus versos:

Abre a cortina do passado/Tira a mãe preta do cerrado/Bota o rei congo no congado/Canta de novo o trovador/A merencória à luz da lua/Toda canção do seu amor/Quero ver essa dona caminhando/Pelos salões arrastando/O seu vestido rendado...
Há quem implique com o verso que diz: “este coqueiro que dá cocos”, dizendo que não poderia dar outra coisa, pura maledicência de quem não entende licença poética.
Porém fez mais, deixou frases e atitudes das mais marcantes e folclóricas. Para não dizer: engraçadas.
Grande compositor, grande comunicador, apresentava programas de rádio e narrava futebol.
Algumas de suas histórias:
Quando perguntava a seus calouros o que iriam cantar, ficava fulo da vida com a resposta:
Há quem implique com o verso que diz: “este coqueiro que dá cocos”, dizendo que não poderia dar outra coisa, pura maledicência de quem não entende licença poética.
Porém fez mais, deixou frases e atitudes das mais marcantes e folclóricas. Para não dizer: engraçadas.
Grande compositor, grande comunicador, apresentava programas de rádio e narrava futebol.
Algumas de suas histórias:
Quando perguntava a seus calouros o que iriam cantar, ficava fulo da vida com a resposta:
-Eu vou cantar um sambinha ai...
-Sambinha o senhor (ou senhora) não canta, por acaso quando vem aqui para cantar um jazz, um fox strot põe no diminutivo?
Ficava muito bravo quando o calouro não sabia o nome do compositor da canção que ia interpretar. Ele como compositor tinha suas razões.
-Vai cantar o que?
-Vou cantar “Água de beber”.
-De quem? Minha filha.
-De Vinicius de Moraes... – disse ela esquecendo de citar Tom Jobim.
-Mas e o Tom? – gritava ele já espumando.
-O tom é dó maior, seu Ary.
Quando apresentou Elza Soares pela primeira vez em seu programa, se espantou com as roupas extremamente grandes para o corpo da cantora. Roupas emprestadas já que Elza vinha de um meio muito pobre.
-De que planeta você veio, minha filha?
-Do planeta fome, seu Ary...
Outra cantora iniciante, para fazer um afago na fera resolveu cantar “Risque”, de seu repertorio.
Ao terminar perguntou a Ary o que ele tinha achado da interpretação.
-A senhorita assassinou minha música, se quiser mesmo me homenagear, nunca mais cante “Risque”.
Protestou publicamente sobre o excesso de improvisações da turma da bossa nova em suas canções, principalmente Wilson Simonal.
-No que escrevo não tem nem sabadás e nem doins.
Quando narrava jogos de seu amado Flamengo usava uma gaitinha que assoprava insistentemente quando o tento era a favor do rubro-negro, porém quando seu time do coração era atacado virava-se de costas para o campo e dizia: “-Não quero nem ver!” deixando sua audiência literalmente às cegas.
Fora do foco artístico também aprontou das suas.
Certa feita- muito bêbado - insistiu que iria dirigir pelas ruas do Rio de Janeiro, e teve de ouvir de um colega: “-Você não está em condições de dirigir nem filme nacional!”.
Por estas e outras é que a memória de Ary Barroso tem que ser preservada e sempre que possível – ou não – divulgada.
A benção seu Ary!
-Sambinha o senhor (ou senhora) não canta, por acaso quando vem aqui para cantar um jazz, um fox strot põe no diminutivo?
Ficava muito bravo quando o calouro não sabia o nome do compositor da canção que ia interpretar. Ele como compositor tinha suas razões.
-Vai cantar o que?
-Vou cantar “Água de beber”.
-De quem? Minha filha.
-De Vinicius de Moraes... – disse ela esquecendo de citar Tom Jobim.
-Mas e o Tom? – gritava ele já espumando.
-O tom é dó maior, seu Ary.

-De que planeta você veio, minha filha?
-Do planeta fome, seu Ary...
Outra cantora iniciante, para fazer um afago na fera resolveu cantar “Risque”, de seu repertorio.
Ao terminar perguntou a Ary o que ele tinha achado da interpretação.
-A senhorita assassinou minha música, se quiser mesmo me homenagear, nunca mais cante “Risque”.
Protestou publicamente sobre o excesso de improvisações da turma da bossa nova em suas canções, principalmente Wilson Simonal.
-No que escrevo não tem nem sabadás e nem doins.
Quando narrava jogos de seu amado Flamengo usava uma gaitinha que assoprava insistentemente quando o tento era a favor do rubro-negro, porém quando seu time do coração era atacado virava-se de costas para o campo e dizia: “-Não quero nem ver!” deixando sua audiência literalmente às cegas.

Certa feita- muito bêbado - insistiu que iria dirigir pelas ruas do Rio de Janeiro, e teve de ouvir de um colega: “-Você não está em condições de dirigir nem filme nacional!”.
Por estas e outras é que a memória de Ary Barroso tem que ser preservada e sempre que possível – ou não – divulgada.
A benção seu Ary!
Comentários
No artigo, "Eleições Brasileiras - José Serra é a melhor escolha para presidente, por pouco", o jornal sustenta que os dois principais candidatos ao Planalto são bastante similares, mas a eleição de Serra afastaria uma possível influência de Lula no próximo governo.
"Ambos (Serra e a candidata do PT, Dilma Rousseff) são notavelmente similiares. São sociais-democratas que crêem em políticas pró-mercado com forte componente social. São tecnocratas inoportunos. E são também desprovidos de charme", diz o jornal.
"Onde as diferenças existem, são pequenas mas significativas. Serra é mais linha-dura em termos fiscais. Com boa vontade, ele poria um fim no uso de esquemas extraorçamentários recentemente aplicados para cumprir as metas fiscais." "Reduzir o gasto público, ainda ascendente apesar de uma economia em pleno vapor, também diminuiria as taxas de juros e assim limitaria a apreciação da moeda." Para o "FT", Serra também seria "menos indulgente" com o Irã, a Venezuela e Cuba.
Aliás, o nosso hino nacional oficial tem um pequeno problema: a introdução instrumental é longa demais. Até começar o hino pra valer, as emissoras de TV já apertaram a tecla stop.
Ary Barroso foi uma figura sensacional,seu legado é genial. Ele precisa ser lembrado e apresentado as novas gerações sempre...
abraço
grande lembrança
Millor.
OBS: Este também é fera. Do Rio. Do Méier.
M.C.
Também sou a favor de um hino nacional mais curto e mais bonito - como esse que o saudoso Ary escreveu.
Forte abraço Groo!
Texto emocionante Groo, vc conseguiu captar muito da própria essência "mil e uma utiliadae" do Ary, que acima de tudo fez ótimos sambas, sobretudo os que retratavam a Bahia, como "Na baixa do Sapateiro" bem como suas composições para o filme "VOCÊ JÁ FOI A BAHIA?" com Aurora Miranda, e que apresentou o primeiro personagem brasileiro dos estúdios Disney o "Zé Carioca" na época da "Política de boa vizinhança"!
abs.
ALYSSON PRADO "BALO"