Choveu, não tanto quanto havia chovido na noite anterior já que desta vez minha sala não amanheceu molhada das goteiras do teto. A sensação de estar ilhado, mesmo sem ter visto nada ainda na TV era enorme.
A movimentação de carros em minha rua era anormal para aquele horário.
Helicópteros no céu idem.
Ao ligar a TV a comprovação.
O que no dia anterior – terça – era apenas uma das muitas enchentes de verão, daquelas que inunda o centro da cidade, mas no fim do dia já era passado, se tornou um evento, uma calamidade.
Há anos um alagamento não era tão grande e nem tão demorado.
Cenas dignas de filmes catástrofe tão a gosto de Hollywood eram comuns.
Ônibus e carros submersos, gente ilhada, lojas e casas tomadas pela água.
Os funcionários da prefeitura haviam sido avisados que não haveria expediente na quarta-feira. Mas não se tratava de premonição e sim de um aviso velado de que as comportas da represa seriam abertas por questão de segurança.
Sem querer, o supremo mandatário municipal criou o “alagamento consciente” ao dizer que: “-As comportas serão abertas, mas será com responsabilidade...”.
E assim foi.
A chuva veio novamente – ainda que não tão forte, como já disse – e as comportas foram abertas. Se totalmente ou apenas em parte não se sabe, mas o resultado foi um dos dias mais estranhos da vida da cidade.
Virou prato do dia e os repórteres das emissoras de TV pintaram e bordaram com perguntas do tipo: “-Sempre que chove enche assim?”.
E recebeu a seguinte resposta: “-Nunca vi encher quando tem sol...”.
Como que para vingar o repórter, a chuva não caiu até o fim da tarde, mas ainda assim a água continuou a subir.
Carros de som da prefeitura pediam para que os munícipes evitassem ficar no centro da cidade, já que a previsão era de que houvesse novas liberações de volume d´água, como de fato aconteceu.
Moro a menos de 600 metros de toda a ação citada, mas em local alto.
Não quis tirar fotos. Gente melhor e mais gabaritada fez.
Postei varias em meu facebook e penso que a única que ilustra este texto basta
Mas tenho que dizer: quando as águas baixarem os prejuízos serão contados e quem tiver algo a ser restituído, seja por seguro ou indenização, será. A cidade será limpa e a vida vai seguir da forma com a qual já nos acostumamos a ver por tantos anos.
Como se nada tivesse acontecido.
Desolador...
A movimentação de carros em minha rua era anormal para aquele horário.
Helicópteros no céu idem.
Ao ligar a TV a comprovação.
O que no dia anterior – terça – era apenas uma das muitas enchentes de verão, daquelas que inunda o centro da cidade, mas no fim do dia já era passado, se tornou um evento, uma calamidade.
Há anos um alagamento não era tão grande e nem tão demorado.
Cenas dignas de filmes catástrofe tão a gosto de Hollywood eram comuns.
Ônibus e carros submersos, gente ilhada, lojas e casas tomadas pela água.
Os funcionários da prefeitura haviam sido avisados que não haveria expediente na quarta-feira. Mas não se tratava de premonição e sim de um aviso velado de que as comportas da represa seriam abertas por questão de segurança.
Sem querer, o supremo mandatário municipal criou o “alagamento consciente” ao dizer que: “-As comportas serão abertas, mas será com responsabilidade...”.
E assim foi.
A chuva veio novamente – ainda que não tão forte, como já disse – e as comportas foram abertas. Se totalmente ou apenas em parte não se sabe, mas o resultado foi um dos dias mais estranhos da vida da cidade.

E recebeu a seguinte resposta: “-Nunca vi encher quando tem sol...”.
Como que para vingar o repórter, a chuva não caiu até o fim da tarde, mas ainda assim a água continuou a subir.
Carros de som da prefeitura pediam para que os munícipes evitassem ficar no centro da cidade, já que a previsão era de que houvesse novas liberações de volume d´água, como de fato aconteceu.
Moro a menos de 600 metros de toda a ação citada, mas em local alto.
Não quis tirar fotos. Gente melhor e mais gabaritada fez.
Postei varias em meu facebook e penso que a única que ilustra este texto basta
Mas tenho que dizer: quando as águas baixarem os prejuízos serão contados e quem tiver algo a ser restituído, seja por seguro ou indenização, será. A cidade será limpa e a vida vai seguir da forma com a qual já nos acostumamos a ver por tantos anos.
Como se nada tivesse acontecido.
Desolador...
Comentários
Por aqui também passamos por situações assim como vc bem sabe.
É triste, muito triste.
A sensação de impotencia a tamanho fenomeno é gigantesca, quem viveu isso sabe bem como é...
Sim, a vida deve seguir, mas é preciso que se exiga das autoridades um planejamento e ações para minimizar fenomenos futuros, que infelizmente retornarão.
Espero que esteja tudo bem com vc e sua familia e que a cidade possa se recuperar em breve.
abs
Um beijo carinhoso.
O que me impressiona é que isso acontece todo ano e todo ano pega todo mundo de surpresa.
Alguém, um dia, escreveu no meu blog: o povo não tem o governo que merece, mas o governo que alcança.
E vamos em frente, começando a juntar mantimentos para o ano que vem enquanto tentamos ajudar quem precisa esse ano.
Espero que tudo se resolva logo, mas inverter a ordem catástrofe>remédio para prevenção>catástrofe, creio, nunca vai acontecer.
Prevenção é anti-eleitoreira. Catástrofes não, pq aí todo mundo só lembra do "esforço" feito pelo governo local ou federal de ajudar os desabrigados (que já não têm mais abrigo) e os desalojados (cujas casas já estão bloqueadas) assim como as vidas ceifadas (cujas famílias já estão despedaçadas).
E assim segue a divina comédia sobre a vida brasileira.
A cidade só alagou desta maneira por causa da abertura das comportas da represa pela SABESP.
E porque a porcaria da SABESP está precisando abrir as comportas da represa justamente em época de chuvas?
Simples! Porque o governo de São Paulo (José Serra/PSDB) privatizou o gerenciamento das represas paulistas com a desculpa esfarrapada de garantir o abastecimento de água para a Grande São Paulo, ou seja, o consórcio que cuida do gerenciamento (Queiroz Galvão) só ganha grana se as represas estiverem sempre cheias.
E qual a ligação entre esta privatização e o agravamento dos alagamentos de final/início de ano em São Paulo?
Simples de novo! O Consórcio Queiroz Galvão (administrador das represas) prefere deixar as represas perto do limite máximo (90%) no tempo da estiagem (Agosto/Setembro/Outubro) e correr o risco de agravar as enchentes a baixar o nível das águas a 60% ou 70% da capacidade das represas e correr risco das chuvas não encherem as represas novamente.
Ou seja, a motivação do agravamento das enchentes em São Paulo é o desejo de lucro do consórcio gerente das represas.
Portanto caro MC, se tem alguém culpado nesta história, não é o Governo Federal e sim essa merda chamada José Serra e o famigerado PSDB que sempre praticaram o capitalismo do lucro privatizado e do prejuízo socializado.
Querendo você aceitar ou não, o fato é que Lula ensinou aos empresário brasileiros como praticar o capitalismo de forma mais produtiva para todos.
Existem soluções, só precisam ser feitas p/ amenizar a situação. Ano após ano as reportagens são mais irritantes, reportar o que acontece não ajuda em nada.
Abs!
Espero que esteja tudo bem com você e sua família.
É impressionante o descaso das autoridades e se que o Cassius disse é verdade, a situação é revoltante.
Abraço!
Cassius C. Regazzoni,
Tenho três manifestações para vc.
1. Aplausos pela aula dada a esse energúmeno que assina (não assina) como MC.
2. Mas é perda de tempo.É por anel de ouro em focinho de porco. Eu já larguei esse idiota pra lá.
3. Por último, ele age de extrema má-fé ou é o burro, o palhaço, bobo da corte.
Senão, brjsmod:
Como poderia ele sempre vir aqui defender as bandalhas da tucanalha e não saber sequer o que está defendendo, o que há por trás de toda sujeira. Vc que não tem nada a ver com esses bandidos sabe, como ele que é assecla deles não sabe?
Grande abraço, Cassiud.
Groo, concordo plenamente com o seu ponto de vista e mesmo que não concodasse respeitaria, porque vc está aí em cima do problema e eu aqui no meu conforto.
Abraço, meu irmão.
A. Coyote
É um alívio saber que você e sua família estão bem.
Acontecimentos como esse sempre decorrem de vários fatores. Além dos citados por você e por vários comentaristas, há o eterno problema do descarte irresponsável do lixo. Se houvesse menos gente impunemente jogando detritos nas ruas, rios e represas das nossas cidades, já seria um bom começo.
Por falar nisso, os governos (municipais, estaduais e federal) gastam fortunas em campanhas publicitárias para dizer que fizeram ou vão fazer isso e aquilo, mas até hoje estou pra ver uma campanha educativa que aborde de frente o assunto do descarte responsável do lixo. Acho que surtiria efeito, desde que viesse acompanhada de penalidades financeiras e fiscalização efetiva.