Há um hype na imprensa por conta da visita da gritante colombiana Shakira ao Brasil.
Com um show igual aos de onze entre dez cantoras da atualidade – rebola junto com cem bailarinos no palco enquanto finge que canta – difere de Madonna pela idade e de Lady Gaga pela falta do visual alienígena.
Sua voz não é uma unanimidade: alguns acham insuperável e outros acham insuportável.
Estou no segundo grupo, afinal aprendi a gostar de vozes femininas através de cantoras incontestáveis e sendo assim, não há como sequer simpatizar com estas farsas...
Vamos começar com a diva maior do Jazz: Billie Holiday.
Teve uma carreira errática e marcada por excessos de droga, amores ruins.
A infância pobre e carregada de preconceito – como era de praxe aos negros de sua época – moldou a voz clara, límpida e sofrida.
Sobre o preconceito ela trata em “Strange Fruit”, uma canção até certo ponto considerada menor em sua extensa lista.
Gravou standards da canção americana (I love you Porggy , Aprill in Paris, As time goes by, etc…), blues (The lady sing the blues, Strange fruit, Stormy blues), jazz (Stormy wheater, Sophisticated lady,) e pop (Blue Moon, Night and Day, Smoke gets in your eyes, Summertime, aquela mesmo de Janis Joplin) com a mesma categoria e elegância. Costumo dizer que até quem não sabe patavina de inglês entende quando Lady Day canta sobre o amor.
Na mesma linha vem Ella Fitzgerald, que além de ter uma das vozes mais lindas e potentes da música sem perder a suavidade ainda se aventurou em terrenos perigos a cantoras de sua estirpe.
Fez versões extremamente polidas e pessoais de clássicos do rock (Hey Jude dos Beatles, Sunshine of your love do Cream).
Porém foi com os clássicos do Jazz que se consagrou: A night in Tunísia, All that jazz, Mack, the knife...
Quando o jazz e o blues ficaram pequenos – se isto pode ser possível – surgiram cantoras vindas das igrejas com um misto dos estilos citados e mais: gospel.
Estava criado o soul e com ele surge sua primeira dama: Aretha Franklin.
Ainda que tenha cometido pecados pequenos ao se vestir de diva pop, sua obra é repleta de pérolas imortais: Natural Woman, Respect, Chain of fools, Say a little prayer.
No gospel: Son of a preacher man, A change is gonna come, People get ready.
E versões magistrais como a de Jump Jack flash dos Stones.
Com história de vida tão conturbada quando a de Billie Holiday – registrada no filme Cadillac Records - Etta James é a bad girl do soul.
Suas canções são interpretadas de forma pessoal e passional dando a impressão que todas foram escritas para ela.
Spoonful, Tell Mama, At Last, Hoochie coochie girl, I’d rather go blind são de tirar o folego.
Katharine Whalen é a voz feminina do combo Squirrel Nut Zippers, especializado em swinging jazz, e standards.
A voz delicada é responsável por pequenas pérolas como Pince Nez, It all depends, My drag, Danny Diamond, e a soberba Low down man.
Sua versão para o clássico da Disney: Under the sea é simplesmente uma delicia.
E no Brasil, claro, Elis Regina, que na falta de palavras corretas para exprimir o tamanho da admiração fica apenas o vídeo.
Com um show igual aos de onze entre dez cantoras da atualidade – rebola junto com cem bailarinos no palco enquanto finge que canta – difere de Madonna pela idade e de Lady Gaga pela falta do visual alienígena.
Sua voz não é uma unanimidade: alguns acham insuperável e outros acham insuportável.
Estou no segundo grupo, afinal aprendi a gostar de vozes femininas através de cantoras incontestáveis e sendo assim, não há como sequer simpatizar com estas farsas...
Vamos começar com a diva maior do Jazz: Billie Holiday.
Teve uma carreira errática e marcada por excessos de droga, amores ruins.
A infância pobre e carregada de preconceito – como era de praxe aos negros de sua época – moldou a voz clara, límpida e sofrida.
Sobre o preconceito ela trata em “Strange Fruit”, uma canção até certo ponto considerada menor em sua extensa lista.
Gravou standards da canção americana (I love you Porggy , Aprill in Paris, As time goes by, etc…), blues (The lady sing the blues, Strange fruit, Stormy blues), jazz (Stormy wheater, Sophisticated lady,) e pop (Blue Moon, Night and Day, Smoke gets in your eyes, Summertime, aquela mesmo de Janis Joplin) com a mesma categoria e elegância. Costumo dizer que até quem não sabe patavina de inglês entende quando Lady Day canta sobre o amor.
Na mesma linha vem Ella Fitzgerald, que além de ter uma das vozes mais lindas e potentes da música sem perder a suavidade ainda se aventurou em terrenos perigos a cantoras de sua estirpe.
Fez versões extremamente polidas e pessoais de clássicos do rock (Hey Jude dos Beatles, Sunshine of your love do Cream).
Porém foi com os clássicos do Jazz que se consagrou: A night in Tunísia, All that jazz, Mack, the knife...
Quando o jazz e o blues ficaram pequenos – se isto pode ser possível – surgiram cantoras vindas das igrejas com um misto dos estilos citados e mais: gospel.
Estava criado o soul e com ele surge sua primeira dama: Aretha Franklin.
Ainda que tenha cometido pecados pequenos ao se vestir de diva pop, sua obra é repleta de pérolas imortais: Natural Woman, Respect, Chain of fools, Say a little prayer.
No gospel: Son of a preacher man, A change is gonna come, People get ready.
E versões magistrais como a de Jump Jack flash dos Stones.
Com história de vida tão conturbada quando a de Billie Holiday – registrada no filme Cadillac Records - Etta James é a bad girl do soul.
Suas canções são interpretadas de forma pessoal e passional dando a impressão que todas foram escritas para ela.
Spoonful, Tell Mama, At Last, Hoochie coochie girl, I’d rather go blind são de tirar o folego.
Katharine Whalen é a voz feminina do combo Squirrel Nut Zippers, especializado em swinging jazz, e standards.
A voz delicada é responsável por pequenas pérolas como Pince Nez, It all depends, My drag, Danny Diamond, e a soberba Low down man.
Sua versão para o clássico da Disney: Under the sea é simplesmente uma delicia.
E no Brasil, claro, Elis Regina, que na falta de palavras corretas para exprimir o tamanho da admiração fica apenas o vídeo.
Comentários
CAra eu fui a uma apresentação de Ricardo Arjona na procura de gatinha chorando, (não lú, eu tinha 18, nem te conhecia, não amor não fica ciumenta...) e fiquei surpreso com a dedica;cão do cara. as vezes surpreeende
MC: Marron canta muito, mas tem um repertório bem... Deixa pra lá.
Digo pobre pq quando ela começou ela tinha um ar mais legal e menos pop. Mais rockeira, tinha um estilo próprio, mas eu nunca gostei de músicas em espanhol então acho ela apenas "ouvível". Hoje as músicas dela são muito grudentas p/ não dizer chatas.
Sobre a dança, acho que ela dança bem, mas é restrito: todos seus passos baseiam-se em dança do ventre. Ao menos ela é simpática.
Mas nem de longe chega aos pés das moçoilas que citou.
Abs e bom fds!
Quanto ao tema do post não vou opinar até porque a melodia da lingua privilegia mais as cantoras em língua inglesa - e os cantores também, diga-se de passagem - do que quemcanta em brasileiro. Mas das gringas vou cravar em Joan Baez, Liza Minelli e a magistral extensão vocal da Whitney Houston, cláro que antes do crack...
Por terras tupiniquins sem entrar no mérito, temos a Maria Bethania - que papelão hein?, toma vergonha na cara sua vaca - a Alcione,Elba, Fafá e Elis, e maior de todas sem dúvida alguma que é a Claudia. Quem não sabe quem é procure no youtube sua interpretação de "Don't cry for me Argentina" do musical "EVITA", pena que tenha nascido no brasil ( em minusculas mesmos)
Só para ficar entre as últimas cantoras gringas que surgiram nos ultimos anos,Amy Winehouse apesar de toda sua "piração" é de longe a mais talentosa.
Ah sim, quem é essa tal de Shakira?
abs
Brigado.
A Ella Fitzgerald tem a voz e a dicção mais bonita de todas. Prefiro as suas gravacões do final dos quarenta até meados dos sessenta. Mas não gosto quando ela canta musica brasileira, com a qual parece não ter a menor empatia.
Se eu pudesse acrescentar uma cantora gringa a essa lista, escolheria a Sarah Vaughan. Essa é fenomenal, inclusive quando canta música brasileira.
E quanto às cantoras brasileiras, é difícil escolher entre tantas boas que temos e tivemos. Se a escolha for limitada a uma só, fico com a Leny Andrade.
Todo lo que fué
El tiempo lo dejó atrás
Se que no regresarás
Lo que nos pasó
No repetirá jamás
Mil años no me alcanzarán
Para borrarte y olvidar
Y ahora estoy aquí
Queriendo convertir
Los campos en ciudad
Mezclando el cielo con el mar
Se que te dejé escapar
Se que te perdí
Nada podrá ser igual
Mil años pueden alcanzar
Para que puedas perdonar
Estoy aquí quierendote
Ahogándome
Entre fotos y cuadernos
Entre cosas y recuerdos
Que no puedo comprender...". Deixa de chato ! Shakira, além de boa prá carvalho , canta pacas ! Borrarte ? HA !