João Ubaldo Ribeiro, um dos maiores escritores de nosso idioma, conheceu Glauber Rocha nas locações para filmagem do clássico “Terra em Transe”.
Tornou-se amigo do cineasta de imediato, afinal duas cabeças tão brilhantes tinham mesmo que se afinar.
Em várias entrevistas Ubaldo tece grandes elogios ao amigo, tanto na parte profissional quanto na pessoal.
-Apenas uma mania sua me era muito desagradável... – dizia o escritor – -É a maldita mania dele de coçar os quibas (saco) e limpar a mão batendo em nossas costas...
Outra história curiosa e engraçada sobre Glauber dá conta do dia em que foi apresentado à maconha. Vale lembrar que nos anos sessenta as descobertas da juventude em relação às drogas eram vista de forma diferente.
Acreditava-se que alguns tipos de entorpecentes ajudavam no processo criativo e a maconha em especial alterava a percepção fazendo com que as cabeças mais iluminadas, se expostas a seus efeitos, criassem coisas fantásticas.
Assim, segundo a lenda, Dylan teria apresentado a diamba aos Beatles para que a revolução começasse.
Da mesma forma, Luiz Carlos Barreto, o Barretão, fotografo dos filmes “Deus e o Diabo na terra do sol” e “Terra em Transe” foi o Dylan de Glauber, apresentando ao cineasta “as maravilhas da canabis”.
Tendo João Ubaldo como testemunha, lhe ofereceu o cigarro com a “alface do capeta”, pediu-lhe para que o fumasse.
Glauber pegou o cigarro, acendeu e foi fumar atrás do set de filmagem...
Barretão, ansioso, dizia a Ubaldo que achava que coisas maravilhosas sairiam da cabeça de Glauber. Que livre de certas amarras por conta da maconha, a imaginação do cineasta ganharia asas.
-Que coisas maravilhosas sairão de lá, João? Que coisas sairão?
Minutos depois Glauber volta e encontra os dois ainda no mesmo lugar.
-E ai Glauber? Como foi? – pergunta o escritor se adiantando ao fotografo.
-Rapaz... – começa ele com os olhos perdidos no horizonte.
-O que aconteceu? Fale! – apressa o fotografo que não se agüentava mais.
-Bati uma punheta...
Tornou-se amigo do cineasta de imediato, afinal duas cabeças tão brilhantes tinham mesmo que se afinar.
Em várias entrevistas Ubaldo tece grandes elogios ao amigo, tanto na parte profissional quanto na pessoal.
-Apenas uma mania sua me era muito desagradável... – dizia o escritor – -É a maldita mania dele de coçar os quibas (saco) e limpar a mão batendo em nossas costas...

Outra história curiosa e engraçada sobre Glauber dá conta do dia em que foi apresentado à maconha. Vale lembrar que nos anos sessenta as descobertas da juventude em relação às drogas eram vista de forma diferente.
Acreditava-se que alguns tipos de entorpecentes ajudavam no processo criativo e a maconha em especial alterava a percepção fazendo com que as cabeças mais iluminadas, se expostas a seus efeitos, criassem coisas fantásticas.
Assim, segundo a lenda, Dylan teria apresentado a diamba aos Beatles para que a revolução começasse.
Da mesma forma, Luiz Carlos Barreto, o Barretão, fotografo dos filmes “Deus e o Diabo na terra do sol” e “Terra em Transe” foi o Dylan de Glauber, apresentando ao cineasta “as maravilhas da canabis”.
Tendo João Ubaldo como testemunha, lhe ofereceu o cigarro com a “alface do capeta”, pediu-lhe para que o fumasse.
Glauber pegou o cigarro, acendeu e foi fumar atrás do set de filmagem...
Barretão, ansioso, dizia a Ubaldo que achava que coisas maravilhosas sairiam da cabeça de Glauber. Que livre de certas amarras por conta da maconha, a imaginação do cineasta ganharia asas.
-Que coisas maravilhosas sairão de lá, João? Que coisas sairão?
Minutos depois Glauber volta e encontra os dois ainda no mesmo lugar.
-E ai Glauber? Como foi? – pergunta o escritor se adiantando ao fotografo.
-Rapaz... – começa ele com os olhos perdidos no horizonte.
-O que aconteceu? Fale! – apressa o fotografo que não se agüentava mais.
-Bati uma punheta...

Pequena homenagem ao cineasta baiano que há exatamente trinta anos partia desta terra.
Seus filmes podem até não ser tudo o que se diz, mas suas histórias são fascinantes.
Seus filmes podem até não ser tudo o que se diz, mas suas histórias são fascinantes.
Comentários
Obrigado pelos votos em meu blog. Com certeza curtirei o filhão, que é meu bem mais precioso. Agora só falta a árvore mesmo, pois o livro está aqui http://clubedeautores.com.br/book/1527--Imaginarium
Forte abraço e fica com Deus! Dá um xêro na tropa aí por mim!
M.C.
Curiosamente, os seus últimos dias aconteceram em Portugal. Teve uma infeção pulmonar e tentou tratar-se em Lisboa, mas depois pediu a transferência para o Rio, onde chegou lá e "encantou-se". Enfim, foi-se o homem, fica a obra.
Glauber foi um maluco genial, daqueles que aparecem por aqui a cada mil anos...
abs