Em 1970 um beatle (ex beatle não existe) pediu que todos imaginassem um mundo sem fronteiras, sem divisão por cor, raça, credo e arrematava: “-It´s easy if you try.”.
Não diminuindo a importância ou a beleza poética desta iniciativa convenhamos que a utopia sonhada por Lennon pudesse estar um tanto defasada...
Enquanto sugeria que tentássemos imaginar, um outro cidadão, de nome Sly, já havia posto em prática tudo isto.
Ao menos no que dizia respeito a sua banda, servindo como mensagem para o mundo todo: “-A butcher, a banker, a drummer and then. Makes no difference what a group I´m in”.
Silvester “Sly Stone” Stewart foi um prodígio musical. Aos sete anos de idade já era tecladista e ao chegar ao colegial já tocava vários outros instrumentos, entre eles a guitarra na qual viria a se destacar em bandas de garotos.
A mais importante delas talvez tenha sido a Vyscaines, onde tocou junto com um garoto filipino chamado Frank Arelano. Eram os dois únicos membros não brancos do grupo e a reação do – minguado - público que os assistia fez com que Silvester começasse ter a idéia de um grupo multirracial e multi cultural.
Em meados dos anos 60 trabalhava como DJ em uma estação de rádio voltada para a música negra em todas as suas vertentes, do R&B ao jazz, passando por blues, soul e funk. Foi – provavelmente – o primeiro DJ a enxertar na programação negra, branquelos como os Beatles, Rolling Stones e os Animals.
Também atuou como produtor musical e foi responsável por discos dos Beau Brumels e Grace Slick, antes dela se juntasse ao Jeferson Airplane.
Mas era pouco.
Formou então sua Família Stone, com a qual já vinha sonhando desde o fim dos Vyscaines.
Junta alguns familiares – de verdade, irmãos e irmãs – recruta alguns amigos brancos e até um indígena e faz da Sly and Family Stone provavelmente o primeiro e único caso de um grupo tão diversificado nos anos 60.
Seus primeiros álbuns celebram o otimismo e alegria que tomava conta do mundo nos anos sessenta, uma esperança que os 70 trataram de enterrar com toneladas de cinismo, ironia e violência...
E assim como o mundo, a Family Stone nunca mais foi a mesma, trocando as canções de sabor pop e alegres por citações cifradas dos confrontos raciais nos EUA em funks de grooves duros e pesados.
E de tudo ficou Everyday People, uma Imagine com tons coloridos. Uma ode a tolerância e a igualdade, que dizia que éramos todos pessoas comuns: “Different Strokes for different folks”.
Não diminuindo a importância ou a beleza poética desta iniciativa convenhamos que a utopia sonhada por Lennon pudesse estar um tanto defasada...
Enquanto sugeria que tentássemos imaginar, um outro cidadão, de nome Sly, já havia posto em prática tudo isto.
Ao menos no que dizia respeito a sua banda, servindo como mensagem para o mundo todo: “-A butcher, a banker, a drummer and then. Makes no difference what a group I´m in”.

A mais importante delas talvez tenha sido a Vyscaines, onde tocou junto com um garoto filipino chamado Frank Arelano. Eram os dois únicos membros não brancos do grupo e a reação do – minguado - público que os assistia fez com que Silvester começasse ter a idéia de um grupo multirracial e multi cultural.
Em meados dos anos 60 trabalhava como DJ em uma estação de rádio voltada para a música negra em todas as suas vertentes, do R&B ao jazz, passando por blues, soul e funk. Foi – provavelmente – o primeiro DJ a enxertar na programação negra, branquelos como os Beatles, Rolling Stones e os Animals.
Também atuou como produtor musical e foi responsável por discos dos Beau Brumels e Grace Slick, antes dela se juntasse ao Jeferson Airplane.
Mas era pouco.
Formou então sua Família Stone, com a qual já vinha sonhando desde o fim dos Vyscaines.
Junta alguns familiares – de verdade, irmãos e irmãs – recruta alguns amigos brancos e até um indígena e faz da Sly and Family Stone provavelmente o primeiro e único caso de um grupo tão diversificado nos anos 60.
Seus primeiros álbuns celebram o otimismo e alegria que tomava conta do mundo nos anos sessenta, uma esperança que os 70 trataram de enterrar com toneladas de cinismo, ironia e violência...
E assim como o mundo, a Family Stone nunca mais foi a mesma, trocando as canções de sabor pop e alegres por citações cifradas dos confrontos raciais nos EUA em funks de grooves duros e pesados.
E de tudo ficou Everyday People, uma Imagine com tons coloridos. Uma ode a tolerância e a igualdade, que dizia que éramos todos pessoas comuns: “Different Strokes for different folks”.
Comentários
M.C.
Conta-se que W. Churchill proibiu os diplomatas ingleses de sequer ouvir as propostas de paz dos emissários alemães. Dizem até que o primeiro ministro valia-se do mesmo expediente no parlamento e proibia os membros de seu partido de ouvir as propostas dos adversários.
Por que?
Pode-se deslindar a questão a partir da atitude cruel, praticamente universal, de se ignorar as narrativas de mendigos ou pedintes que se interpõem entre os transeuntes. Frequentemente ignora-se até mesmo a presença física do pedinte, que simplesmente não é registrado pela consciência.
Essa atitude desumana deve-se ao fato de que, em função de sua condição econômica, um indivíduo passa a ser considerado menos do que homem e abaixo do respeito exigido para ser ao menos ouvido.
Um antecessor meu, o Ari Teles, já dizia que não se deve discutir com qualquer Manuelzinho, o primeiro a aparecer, visto os raciocínios sempre se envenenarem quando se trata de certo tipo de gente, sob o risco de se perder a qualidade da própria argumentação.
Sim, porque há uma diferença capital entre discussão, debate e bate boca.
A discussão exige honestidade e comunhão de propósitos. O debate confronta posições incompatíveis e nem sempre traz à luz os prós e os contras de cada uma delas. O bate boca é a forma discursiva da violência.
Argumentar implica abrir mão da violência, visto que os mesmos resultados são passíveis, em tese, de serem atingidos por meio da força ou do medo.
Não basta falar ou escrever: é preciso que se seja ouvido ou lido.
Ouvir já implica em se colocar, mesmo que provisoriamente, sob o ponto de vista do emissor; já denota respeito e indica que aquele que profere o ato de fala é investido de certa dignidade para ser considerado objeto de atenção.
Mas, infelizmente, há indivíduos que se colocam abaixo da dignidade e da própria argumentação e, por isso, sequer devem ser considerados na sua violência.
Argumento ad hominem, ofensa; Argumento ad populum, ou apelo à torcida do Flamengo; argumento circunstancial; apelo ao ridículo; argumento convertido, ou falsa indução; aplicação inadequada de regras, ou acidente; falsa causa; perguntas capciosas; apelo à autoridade e coisas quejandas estão abaixo da dignidade e abaixo do direito de resposta.
Lamento, mas seu blogue anda a parecer o programa da Luciana Gimenez.
Li seu causo e a muzguinha do neguinho sarará.
Fala-se muito em igualdade. Fala-se muito em liberdade. Em nome de uma e outra, são cometidas todas as atrocidades e violências. A razão é que um banco de três pés não para de pé se faltar um deles. A fraternidade não faz parte da política e nem mesmo é objeto de reflexão.
Jorge Rérilson é finado.
Todo defundo é ex.
Jorge Rérilson é ex-Birol.
Jorge Herilson morreu, fato, mas não deixou substituto, logo, o cargo ainda é dele, mesmo post morten.
Jorge Herilson não é ex.
Esse povo anda inspirado por aqui.
abs