E nesta sexta feira começa a quarta edição nacional do Rock in Rio.
Nacional? É... Tivemos dois “Rock in Rio na Europa”, a saber: Lisboa e Madrid e o que isto tem haver com o “Rio” do nome do festival eu não sei, porém...
Muito se falou sobre e contra a escalação das atrações, da quantidade de “lixo” que vem, mas infelizmente o line up de cada edição diz apenas sobre o momento da musica no mundo. De como a coisa vai decaindo de qualidade através dos anos e das edições.
No primeiro Rock In Rio, no longínquo 1985, também vieram coisas horríveis como as GoGo´s, o B52, Nina Haggen.
Para cada show do Queen, Yes, Scorpions, AC/DC que, aliás, eram dos anos 70, houve um do Al Jarreu, George Benson, James Taylor.
Não eram atrações ruins, mas não eram de rock propriamente dito.
A ala nacional, ainda pobre em grandes nomes de rock levou ao palco Alceu Valença, Moraes Moreira, Baby Consuelo e seu então marido Pepeu Gomes, Ney Matogrosso e até Ivan Lins, que convenhamos, a despeito de todo seu talento, nunca tocou rock na vida...
Do ainda claudicante rock brasileiro havia Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Erasmo Carlos, que sim, fazia e faz rock.
Tinha também “lixos” com a Blitz e Eduardo Dusek, mas era coisa da época e se entende suas escalações.
No segundo, 1991, as atrações não eram do mesmo nível, óbvio, mas a musica também não era mais a mesma.
Guns´n´Roses no auge, Megadeth, Inxs, Santana, Judas Priest, Faith no More mostram que mesmo os grupos mais badalados não eram lá estas maravilhas...
O Megadeth fazia o mesmo som que o Metallica, porém o próprio grupo de James Hatfield era relativamente novidade, o que limpa a barra dos dois.
Guns – tirando o vocalista com voz de pato Donald - não lembra Led Zeppelin?
Judas Priest não encarna o que havia de mais clichê no heavy metal?
Faith No More, guardadas as proporções de peso a favor e de swing contra, não fazia a mesma mistura que Sly and Family Stone nos anos 60/70?
Inxs não é um pastiche de Stones com Doors e pop music barata?
E o Prince? O Pince que se foda, cara chato com musica chata.
Os “lixos” da vez vieram na forma de Dee Lite, Information Society, Debbie Gibbson, Happy Mondays, Lisa Stansfield... Coisas que hoje, graças a Deus, pouquíssima gente lembra que existiu.
Apesar de bons shows dos Titãs e dos Engenheiros do Hawai e Hanói Hanói e um desrespeitado Lobão a música brasileira mandou ao palco os mesmos Moraes, Pepeu, Alceu, da primeira edição. Junto de “porcarias” como Supla, Léo Jaime e Capital Inicial que vivia e viveu das sobras da obra de Renato Russo e hoje pensam que são – apesar de já terem cinquenta anos de idade – adolescentes cheios de espinhas.
Sem contar Inimigos do Rei, Laura Finokiaro, Vid e Sangue Azul e Serguei, que ninguém soube dizer de onde vieram e nem para onde foram.
No terceiro no não tão distante 2001 os shows maravilhosos do REM, Foo Fighters, Guns´n´Roses renovado e reestreando em palco e do eterno Neil Young conviveram com os “meia boca” total de Oasis, Red Hot Chilli Peppers.
E ainda houve em uma só noite “aberrações” do porte de Aaron Carter (who?), Sandy e Junior, Five, Britney Spears e N´Sync. Coitado do bravo Moraes Moreira- de novo - a quem coube a abertura daquela noite.
A edição foi tão estranha que ironicamente Carlinhos Brown – vaiado e atingido por garrafas plásticas e copos de água – saltou no meio da platéia e apanhou, paradoxalmente, com uma placa onde se lia: paz.
Como se vê, cada edição representou o que havia na música à época, a decadência da própria música e do mercado, que dá voz e importância a coisas cada vez menos relevantes.
Nacional? É... Tivemos dois “Rock in Rio na Europa”, a saber: Lisboa e Madrid e o que isto tem haver com o “Rio” do nome do festival eu não sei, porém...
Muito se falou sobre e contra a escalação das atrações, da quantidade de “lixo” que vem, mas infelizmente o line up de cada edição diz apenas sobre o momento da musica no mundo. De como a coisa vai decaindo de qualidade através dos anos e das edições.
No primeiro Rock In Rio, no longínquo 1985, também vieram coisas horríveis como as GoGo´s, o B52, Nina Haggen.

Não eram atrações ruins, mas não eram de rock propriamente dito.
A ala nacional, ainda pobre em grandes nomes de rock levou ao palco Alceu Valença, Moraes Moreira, Baby Consuelo e seu então marido Pepeu Gomes, Ney Matogrosso e até Ivan Lins, que convenhamos, a despeito de todo seu talento, nunca tocou rock na vida...
Do ainda claudicante rock brasileiro havia Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Erasmo Carlos, que sim, fazia e faz rock.
Tinha também “lixos” com a Blitz e Eduardo Dusek, mas era coisa da época e se entende suas escalações.
No segundo, 1991, as atrações não eram do mesmo nível, óbvio, mas a musica também não era mais a mesma.

O Megadeth fazia o mesmo som que o Metallica, porém o próprio grupo de James Hatfield era relativamente novidade, o que limpa a barra dos dois.
Guns – tirando o vocalista com voz de pato Donald - não lembra Led Zeppelin?
Judas Priest não encarna o que havia de mais clichê no heavy metal?
Faith No More, guardadas as proporções de peso a favor e de swing contra, não fazia a mesma mistura que Sly and Family Stone nos anos 60/70?
Inxs não é um pastiche de Stones com Doors e pop music barata?
E o Prince? O Pince que se foda, cara chato com musica chata.
Os “lixos” da vez vieram na forma de Dee Lite, Information Society, Debbie Gibbson, Happy Mondays, Lisa Stansfield... Coisas que hoje, graças a Deus, pouquíssima gente lembra que existiu.
Apesar de bons shows dos Titãs e dos Engenheiros do Hawai e Hanói Hanói e um desrespeitado Lobão a música brasileira mandou ao palco os mesmos Moraes, Pepeu, Alceu, da primeira edição. Junto de “porcarias” como Supla, Léo Jaime e Capital Inicial que vivia e viveu das sobras da obra de Renato Russo e hoje pensam que são – apesar de já terem cinquenta anos de idade – adolescentes cheios de espinhas.
Sem contar Inimigos do Rei, Laura Finokiaro, Vid e Sangue Azul e Serguei, que ninguém soube dizer de onde vieram e nem para onde foram.
No terceiro no não tão distante 2001 os shows maravilhosos do REM, Foo Fighters, Guns´n´Roses renovado e reestreando em palco e do eterno Neil Young conviveram com os “meia boca” total de Oasis, Red Hot Chilli Peppers.

A edição foi tão estranha que ironicamente Carlinhos Brown – vaiado e atingido por garrafas plásticas e copos de água – saltou no meio da platéia e apanhou, paradoxalmente, com uma placa onde se lia: paz.
Como se vê, cada edição representou o que havia na música à época, a decadência da própria música e do mercado, que dá voz e importância a coisas cada vez menos relevantes.
Assim também é nesta edição que aproxima.


Nesta linha de raciocínio entende-se que no lugar de Moraes, Alceu, Elba e Pepeu tenha-se Ivete Sangalo e Claudia Leite.
Só não se entende a posição de cada qual na grade de apresentação.
Como deixar lixos como o Capital Inicial no palco principal e mandar revelações como Marcelo Jeneci para um secundário?
Como colocar Sepultura neste mesmo palco secundário e deixar ilustres desconhecidos como Coheed and Cambria no principal?
E suprema heresia! Os Mutantes - que se existe rock brasileiro respeitado no mundo é por causa deles – tocando às duas da tarde no segundo palco enquanto Detonautas tocam no principal já à noite?
Decadência não tem jeito, mas montagem de grade deveria ter.
Só não se entende a posição de cada qual na grade de apresentação.
Como deixar lixos como o Capital Inicial no palco principal e mandar revelações como Marcelo Jeneci para um secundário?
Como colocar Sepultura neste mesmo palco secundário e deixar ilustres desconhecidos como Coheed and Cambria no principal?
E suprema heresia! Os Mutantes - que se existe rock brasileiro respeitado no mundo é por causa deles – tocando às duas da tarde no segundo palco enquanto Detonautas tocam no principal já à noite?
Decadência não tem jeito, mas montagem de grade deveria ter.
Comentários
Como foi dito, o que importa hoje em dia é o $$$ não a ideologia dos festivais. VEndo o que toca(va) em festivais como o Monsters of Rock, o Hollywood Rock ou mesmo alguns grincos como o Lolapalooza, Ozzfest, etc, logo se vê que por aqui nem mesmo chance para algumas revelações os caras dão.
Infelizmente....
(ps: megadeth e metallica tocavam o mesmo som no inicio porque o Mustaine saiu brigado do Metallica... e tinha escrito muitas musicas...rs podemos dizer que são bandas "meio irmãs...rs)
(pps: comparar o imortal Led com o Guns foi dificil hein!!!!)
Grande abraço e um ótimo Fim de semana
Nas outras edições eu ainda destacaria além dos citados, o Iron Maiden .... e nessa de agora os dois dias menos piores são os domingos ....
Só coloco aqui uma opinião dissonante: adoro B52's. Eles co-criaram o new wave, depois fagocitado por tantas outras bandas. Sem eles, nem Nirvana nem ninguém teria salvado o rock. Mas repito: é a minha opinião.
Atualmente o que vale para esse povo é apenas o quanto vão ganhar.
Claudia Leite no Rock in Rio, só pode ser piada
abs
Mas queria repetir a dose de comparecer num show do Metallica e ver como Slipknot soa ao vivo. Deve ser empolgante. Porém nada paga o fato de eu ser um pigmeu e ser sumariamente pisada num local como esse.
Infelizmente, fico em casa.
Abs!
Abs!
Por isso, eu não só não entendo como também não aceito axé music no Rock in Rio. Vá lá Pop, Metal, Blues e qualquer outro ritmo com o mínimo de ligação com o rock, mas axé não. N-Ã-O!
Eu sei que o Rock in Rio nada mais é que um festival de música e que a marca Rock in Rio tem força e por isso eles vão sempre levar pedrada quando anunciarem gente que de rock não tem nada, mas eu me reservo o direito de botar o nome desse pessoal todo na boca do sapo.
É quase uma heresia!
M.C.
Cover pra mim não tem vez... Fora Capital.
E não, eu prefiro Rock In Rio mesmo, legal seria um Soul in Sampa, com muito nego bom de balanço: Cee Lo Green, Stevie Wonder, Max de Castro, Leo Maia, Simoninha, Funk Como le Gusta...
Paulo, matou a pau. É uma droga quando disvirtuam, por isto nem vou mais a festivais de jazz, pra não passar raiva. Ouço tudo em casa.
Não disvirtua o Soul in Sampa não... Mas eu chamaria o EWandF... Ah chamaria.