A bateria usada

-Era só o que faltava. Pronto... Não falta mais! – e comemoraram gritando “eeeeee”. Os dois que haviam rachado entre si a compra dos outros instrumentos – uma guitarra e um baixo – mais uma vez se cotizaram para comprar a bateria. O motor de uma banda A escolhida (ou encontrada) foi uma antiga bateria Pinguim que tinha adesivos da Pearl nos cascos para melhorar a impressão. Branca, modelo bem antigo sem os abafadores para as peles dos tambores que acabavam soando como latões vazios e era composta por: bumbo, dois tons, tambor surdo e um set modesto de pratos de latão. Um grande tipo “ping rider” e um "splash". Ambos com um incrível som de... Gongo! E também o chimbau, com pratos rebitados. Em suma, um horror. A esteira da caixa estava amarrada com arame o que conferia um som agudo e desagradável ao instrumento. Após um monte de palpite sobre apertos nas borboletas para mudar o som dos couros, sem nenhum funcionar – e pior – estourando varias delas, alguém diz que